sábado, 25 de junho de 2011

Jornal de Negócios: "António Barreto diz que nomeação de directores-gerais é fenómeno de partidarização"

O que António Barreto diz na TSF não se trata de uma opinião... é um facto! Se por um lado não podemos deixar a gestão da Administração Pública a boys, muitos sem currículo profissional na área, por outro lado convém que os Directores-Gerais estejam em sintonia com os novos membros do Governo, o que não implica necessariamente que tenham de estar dentro do partido... cabe ao 1º Ministro e aos restantes Ministros tomarem as decisões correctas para a ocupação dos lugares, cujo primeiro critério deverá ser a competência.


António Barreto, sociológo e presidente da Fundação Francisco Soares dos Santos, diz que há gabinetes que devem estar a preparar-se para atacar o novo Governo.

António Barreto, sociólogo, fala no perigo da lei que determina o fim dos mandatos dos directores-gerais assim que o novo Governo toma posse. Essa determinação legal é "o maior fenómeno de partidarização e corrupção política da Administração Pública".

O Governo terá pois uma prova de fogo nestes tempos próximos. E António Barreto, em entrevista à TSF, refere a possibilidade de "os gabinetes de advogados, de empresas de consultadoria, consultores, tácticos, influência, etc estarem a organizar-se e devem estar a preparar-se para atacar o novo governo".

Nessas declarações, António Barreto continua: "o novo Governo vai ter de nomear 300 ou 400 directores-gerais nos próximos dias, mais mil ou duas mil e tal pessoas para mil e um cargos". Considerando que a lei que determina que o mandato dos directores-gerais termina no dia da tomada de posse de um novo Governo é uma "vergonha nacional", António Barreto diz, ainda, que "é o maior fenómeno de partidarização e corrupção política da Administração Pública que eu conheço em qualquer país europeu".

Por outro lado, "os grupos estão a olhar para isto, quem nomeia quem, quem nomeio o quê para fazer o quê para os concursos, etc.. e se o Governo não tiver coração gelado em relação a isto espatifa-se em seis meses. Com isto dentro de casa e com a população a sofrer sem perceber porquê é a receita para o desastre".

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