sábado, 25 de junho de 2011

O que será do FC Porto sem Villas-Boas?

O meio desportivo e a comunicação social foram apanhados de surpresa com a saída do treinador André Villas-Boas do FC Porto. A época que findou trouxe importantes conquistas para o clube da Invicta, deste modo, seria de adivinhar um interesse externo para a aquisição dos serviços do jovem treinador, contudo, as juras de amor e as vãs promessas do treinador em continuar a defender as cores do dragão por mais anos, deixaram algumas pessoas perplexas por esta saída relâmpago, certamente as mais ingénuas.
Figura 1- André Villas-Boas e Jorge Nuno Pinto da Costa. 
O Futebol tem algo de irracional, mas nos dias que correm, em que a componente "negocial" e "empresarial" está tão presente, é de estranhar que os profissionais de futebol ainda se agarrem ao discurso da "clubite", normal nos adeptos de bancada. Causa ainda mais estranheza quando vêm daqueles que demonstram ter alguma inteligência emocional, até porque, no fim de contas, só têm é de proteger os seus interesses profissionais, e isso não é censurável, muito pelo contrário... o que é censurável é dar o dito por não dito. Este caso nem é virgem durante o defeso de 2011, basta observar as reacções ziguezagueantes de Fábio Coentrão, jogador do SL Benfica, perante o assédio do Real Madrid. 

Os jornais desportivos têm-se interrogado como o FC Porto irá subsistir sem André Villas Boas... essa pergunta é de fácil resposta! Da mesma forma como subsistiu aquando da saída de Artur Jorge para o Matra Racing de Paris, aquando da saída de Bobby Robson para o Barcelona, ou aquando da saída de José Mourinho para o Chelsea. O FC Porto não depende dos treinadores ou de jogadores de futebol para continuar a ter sucesso, mas sim de uma estrutura directiva eficiente e bem consolidada que foi criada pelo actual presidente.

Sente-se que certos treinadores e jogadores só conseguem atingir o pleno das suas capacidades quando se inserem na estrutura que foi montada pelos azuis e brancos... parafraseando o "velho capitão" Mário Wilson, que se referia ao SL Benfica dos anos 70, "qualquer treinador que vá para o FC Porto arrisca-se a ser campeão!". O planeamento, capacidade de previsão e antecipação, a constituição consolidada do plantel, a boa definição das funções de cada dirigente, técnico e jogador, dá sempre grande tranquilidade às pessoas para poderem desenvolver o seu trabalho, com todas as condições, colocando-os mais próximos do sucesso.

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