sexta-feira, 6 de abril de 2012

Encruzilhada entre Política e Finanças Públicas

Acho engraçado Vítor Gaspar admitir um lapso no corte dos subsídios de férias e Natal até 2013. Dúvido que o grande tecnocrata do Governo cometesse um erro semelhante sabendo dos compromissos que tem para com a troika e tendo em conta o modelo de recuperação económico-financeira que tem para o país.
Figura 1- Vítor Gaspar explica que estava só a reinar.
Será que o grande tecnocrata não foi imune às pressões do partido que o colocou no governo, ou está a fazer uma metamorfose para se tornar numa borboleta política? De acordo com o manual "politiqueiro", as más notícias têm de acalentar alguma esperança para o futuro, de restituição da situação inicial após um sacrifício em prol do país, acalmando assim a contestação e maus resultados nas sondagens. Porém, é preciso não esquecer que as eleições autárquicas acontecem precisamente em 2013!!

A realidade das coisas, juntamente com a pressão externa, fez com que o o governo tivesse de sacrificar as eleições autárquicas... mas nunca as eleições legislativas que acontecerão em 2015, altura em que, supostamente, vão ser repostos os subsídios... estes timings não são escolhidos de qualquer maneira! Mais importante que a evolução económico-financeira do país é o ciclo político-eleitoral do mesmo.

1 comentário:

  1. é uma verdade inegável. os ciclos económicos nunca estão sincronizados com os ciclos políticos. e quando o ciclo económico encontra-se em super avit, coisa rara em portugal, em vez de arrecadar para injectar na economia no ciclo oposto; não. não se faz isso. faz-se o contrário. gasta-se mais. resulta no que está à vista. a total degradação do fraco modelo social que tínhamos e nunva voltaremos a ter

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