quinta-feira, 26 de abril de 2012

Expresso: Sarkozy - "se um comunista me chama fascista, é uma honra!"

Sarkozy é uma "prostituta política", penso que disso não há dúvidas, mas se de facto houvessem, eis a última pérola. Vale tudo para Sarkozy! Para ganhar eleições e capturar o eleitorado de extrema-direita de Marine Le Pen, é capaz de trair os seus ideais e os da República francesa.


Com a campanha para a segunda volta das presidenciais ao rubro, o presidente cessante e recandidato, Nicolas Sarkozy, voltou hoje a radicalizar o discurso para tentar inverter a curva das sondagens, que o dão como derrotado no dia seis de maio. 


Num comício, hoje, ao início da tarde, nos arredores de Paris, atacou duramente e muito diretamente o jornal "Le Monde", a principal referência da imprensa francesa, por este vespertino ter criticado a sua "estratégia perigosa" de namoro ao eleitorado da extrema-direita.

Na mesma reunião, Sarkozy criticou igualmente o jornal comunista "l'Humanité" por o ter comparado ao marechal Philippe Pétain. Numa manchete, quarta-feira, este diário relacionou-o com o célebre colaboracionista francês do nazismo por Sarkozy ter dito que no dia primeiro de maio iria celebrar "o verdadeiro trabalho" numa manifestação distinta, em Paris, dos sindicatos e da esquerda.

No comício, Nicolas Sarkozy reafirmou: "sinto o apoio da maioria silenciosa". Garantiu "abominar o fascismo", mas disse: "se um comunista me chama fascista, é uma honra!".

Antes desta reunião, Nicolas Sarkozy criticara ainda o matutino de esquerda, "Libération", por este ter feito uma manchete, quarta-feira, com uma sua frase polémica: "Marine le Pen é compatível com a República".

Centrista critica Sarkozy

O centrista François Bayrou, que alcançou nove por cento dos votos na primeira volta de domingo passado, também criticou Sarkozy por, disse ele, "estar a rastejar" para conquistar os votos da extrema-direita. No entanto, Bayrou não indicou qual será a sua intenção de voto para a segunda volta.

As sondagens para a segunda volta das presidenciais prevêem uma vitória do socialista, François Hollande, com oito a dez pontos de avanço sobre o ainda Presidente francês.

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