sábado, 29 de dezembro de 2012

Portugalidades (6): o natal tradicional

O Natal é um dos eventos mais celebrados do mundo, atravessando religiões e culturas, porém, é um dos dias mais importantes da Cristandade, o suposto dia do nascimento do Messias. Claro que, como qualquer grande dia festivo de dimensão global, sofre algum sincretismo em termos de tradições e costumes, fundamentalmente em torno da cultura europeia e norte-americana. É uma época de convívio familiar, de decorações coloridas e animadas, mas a pouco e pouco o Pai Natal tem substituído o menino Jesus como o ofertante de presentes às crianças, a árvore de Natal assume um papel predominante na decoração natalícia, ofuscando um pouco o presépio, e o peru começa a surgir na consoada, mas o realmente importa é que a tradição de passar o Natal em família se mantenha.
Figura 1- Decorações de Natal em Lisboa (já se tornou tradição ir à capital passear para ver as decorações).
O Natal é um feriado religioso cristão comemorado a 25 de dezembro (no calendário gregoriano, pois os países com calendário juliano comemora-se a 7 de janeiro), referente ao nascimento de Jesus Cristo, figura central da religião Cristã, o "filho de Deus" que teria sido enviado ao mundo para salvar a humanidade. Os relatos do nascimento e infância de Jesus Cristo podem ser encontrados nos Evangelhos de Mateus e Lucas. De acordo com a "lenda", o arcanjo Gabriel foi até Nazaré (Galileia) para anunciar a Maria, noiva de José (carpinteiro), que iria dar à luz um filho, de nome Jesus, que seria chamado de Filho de Deus e que se sentaria no trono de David, como rei dos judeus. Quando Maria questionou o arcanjo pelo facto de ser virgem, Gabriel afirmou que seria uma conceção do Espírito Santo. Ao descobrir a gravidez da virgem Maria, José quis deixá-la, julgando-se traído, mas Gabriel apareceu-lhe em sonhos a confirmar a história de sua noiva.

Naquela época, o reino da Judeia era tutelado pelo império romano, que dava confiança política ao rei Herodes (o Grande) para o governar. O imperador Augusto, numa lógica de controlo tributário, havia encetado uma política de recenseamento da população do  império, decretando que todos os habitantes o deveriam fazer na sua cidade natal. Por esse motivo, consta-se que a tal viagem de 150km entre Nazaré (Galileia) e Belém (Judeia) feita por José e sua mulher grávida, deveu-se ao facto de José ser de Belém, necessitando de registar-se ali. Quando chegaram a Belém, o casal não encontrou lugar nas hospedarias, o que aliado ao facto de Maria ter entrado em trabalho de parto, fez com que José tentasse encontrar um local onde pudessem estar resguardados. O melhor que encontrou foi um estábulo onde estavam um burro e uma vaca. Ao nascer a criança, José enfaixou-o e deitou-o numa manjedoura arranjada para o efeito, sendo que por essa altura uma grande estrela brilhou no céu, tornando a noite em dia, o que sobressaltou os pastores que vigiavam as suas ovelhas nos campos em redor do estábulo, mas que ao ouvir os cânticos de anjos sobre o facto do "Salvador" ter nascido, apressaram-se em pegar nuns cordeiros para os levar ao menino como presente.

Entretanto a notícia chega aos ouvidos dos 3 Reis Magos, Belchior, Baltazar e Gaspar, que provavelmente não seriam realeza, mas antes sacerdotes, conselheiros ou sábios da zona da Pérsia ou Arábia. Querendo prestar-lhe homenagem, mas não sabendo o local do nascimento do menino, os Reis Magos deparando-se com uma enorme estrela no céu, a qual decidiram seguir, acreditando que os iria guiar até ao menino. Deslocaram-se ao palácio do rei Herodes e perguntaram-no pelo nascimento do "Rei dos Judeus", o que preocupou a mente do velho governante relativamente à disputa do trono do seu reino (de acordo com a "lenda" o rei mandaria matar todos os meninos que tivessem em Belém até aos 2 anos de idade, provocando a fuga do casal para o Egipto). Os magos eventualmente encontraram o local onde estava o menino ao ver a estrela pairar sobre um estábulo, supostamente a 6 de janeiro, o dia de Reis. Os magos então ofereceram 3 presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra.
Figura 2- Adoração dos Magos (Boticelli).
A data em que estes acontecimentos ocorrem é uma assunto algo polémico. De acordo com a Bíblia, sabe-se que o nascimento de Jesus deu-se 2 anos antes da morte de Herodes, porém, a maioria dos estudiosos concorda que Herodes morreu em IV a.C. (antes da Era Cristã), o que colocaria o nascimento de Jesus Cristo em VI a.C.(!). A evidência provém do facto do reino da Judeia ter sido dividido entre os seus descendentes por essa altura, acrescido ao facto do historiador romano da época, Flávio Josefo, referir que Herodes morreu entre um eclipse lunar e a pessach, sabendo-se que houve um eclipse parcial da lua a 13 de março de IV a.C..

Sabe-se também que o tal recenseamento foi feito em VIII a.C., 4 anos antes da morte de Herodes, mas que, naquela zona do império, demorou mais 1 ano a concretizar, devido à oposição feroz do povo judeu à sua contagem, algo relatado por Flavio Josefo que foi no início do mandato de Quintilio Varo como governador de Roma para a zona, que só cumpriu 1 ano em posse. Em Belém, o recenseamento ocorrera no 8º mês, pelo que se concluiu que Jesus terá nascido no mês de agosto no ano VII a.C.. A apresentação dos bebés no templo e a purificação das mulheres teria de ocorrer até aos 21 dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias, segundo os registos, no mês de Setembro de um sábado. Sabe-se que Setembro do ano VII a.C. teve 4 sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação seria o de 11. Logo Jesus teria nascido algures depois de 21 de agosto do ano VII a.C.

Os investigadores argumentam que a data do atual natal foi colocado sobre a comemoração de um festival pagão muito importante, numa tentativa de sincretismo religioso sobre um evento que datava ainda antes da época clássica. Os festivais de Inverno eram ocasiões extremamente populares em muitas culturas, muito devido ao facto de se iniciar o ciclo agrícola, com as expectativas de bom tempo na Primavera que se aproximava e comemorando-se o solstício de Inverno, a partir do qual os dias vão ficando maiores até ao próximo solstício, no Verão. O império romano designava o solstício de Dies Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invicto"), marcado no seu calendário à volta do 25 de dezembro. Os romanos festejavam nesta época a Saturnália, um festival romano (de 17 a 23 de dezembro) em honra do deus Saturno, ligado à agricultura, no qual se procediam grandes banquetes, troca de presentes, penduravam-se máscaras de Baco em pinheiros e subvertia-se a ordem social, em que os escravos poderiam agir como homens livres. Na Escandinávia comemorava-se o Yule no fim de dezembro ao período do início de janeiro, sendo ainda hoje assim designado o Natal.

O festejo do Natal como festa cristã só começou a ser realizada no século IV d.C. na parte ocidental do império romano, já a parte oriental só a partir do século V, através de S. João Crisóstomo, embora o festejo do nascimento de Jesus tenha persistido na data de 6 de janeiro. Os primeiros indícios da comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de dezembro provêem do Cronógrafo de 354 (calendário ilustrado do ano 354, do calígrafo Furio Dionísio Filocalo), durante o pontificado de Libério. O papa Júlio I, no ano de 350, com o argumento de uma investigação pormenorizada, declarou o dia 25 de dezembro como a data oficial do Natal, sendo que o imperador Justiniano declarou-a como feriado em 529. Esta adaptação da Igreja pretendia minorar os festivais pagãos da época, assim como converter essas populações , sob domínio romano, à religião cristã.
Figura 3- Um presépio de Natal.
A partir dessa época o Natal tornou-se numa das maiores festas religiosas da humanidade, sendo o resultado de vários elementos de outros cultos ou tradições que se foram englobando através de um sincretismo. A árvore de Natal provém de um culto pagão às árvores, sendo enfeitadas durante os festivais de Inverno, nomeadamente na zona da Germânia. A partir da arte realizada nos templos religiosos para a representação da vida de Cristo, criou-se a tradição de fazer o presépio nas casas durante a época natalícia, porventura a partir de 1223, quando S. Francisco de Assis, para celebrar a missa de Natal, montou um presépio de palha com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com os animais. Foi-se adotando o hábito pagão de festejo do advento da Primavera, pelo enfeito das casas, pelo festejo com abundância, seja por intermédio de grandes ceias, como pela oferta de presentes.

Surge a figura do Pai Natal, também conhecido por São Nicolau, cuja origem na festividade tem diversas versões, mas deverá provir do Sinterklaas, um culto a S. Nicolau na zona da Holanda, que se comemorava a 6 de dezembro a partir do século XIII. S. Nicolau foi bispo de Mira (Turquia) durante o século IV, sendo recordado pela sua generosidade e proteção das crianças, doando-lhes presentes. A prática de dar presentes no dia de Natal foi-se espalhando pelo resto da Europa, sendo que em alguns países foram mudando a personagem para o menino Jesus por motivos de protagonismo, passando a data de dar os presentes de 6 de dezembro para a véspera de Natal. Todavia, o Pai Natal, ressurgiria em força nos EUA, pela mão de W. Irving e o do cartoonista T. Nast, pois após a Revolução Americana, alguns dos habitantes da cidade de Nova York procuravam símbolos do passado não-inglês da cidade, e uma dela relacionou-se a tradição do Sinterklaas, ligada ao passado colonial holandês da cidade.
Figura 4- Procissão de Sinterklaas em Amesterdão.
Em Portugal a casa é decorada no início do mês de dezembro, com a árvore, o presépio, o azevinho à porta de casa (planta que era sagrada para os Celtas, persiste durante o Inverno com frutos vermelhos, simbolizando amor e esperança), entre outros elementos. A tradição manda que na ceia de 24 de Dezembro (consoada) seja comido o bacalhau cozido com couves, para além do vinho do Porto e da doçaria tradicional desta época (sonhos, filhós, coscorões, azevias, aletria, rabanadas, o bolo-rei [de origem francesa] etc.). No final da ceia, os cristãos vão à missa do galo, que se realiza à meia-noite, as crianças cantam canções de natal, trocam-se as prendas e no almoço de dia 25 o prato é geralmente o borrego ou o cabrito assado no forno. No jantar desse dia é servida a tradicional "Roupa Velha", ou seja, uma refeição preparada com os restos da consoada anterior. Em certas zonas do país queima-se o cepo de Natal, tanto nos lares como nas praças, à volta do qual se cantam canções tradicionais portuguesas de Natal. No fundo, o que é importante nesta época é passar um bom tempo com a família, quer se seja cristão ou não, haja posses para presentes e para banquetes ou não!

Receitas de Natal tradicionais


Aletria Doce

Ingredientes:
75g de aletria
100g de açúcar
4 gemas
0,5l de leite
15g de manteiga
Sal
Canela
Casca de limão q.b.
Água q.b.

Preparação:

Cozer a aletria em água e sal durante 6 minutos. Retire do lume e deixe escorrer. Adicione o leite e a casca de limão à aletria escorrida. Leve ao lume até cozer. Adicione o açúcar e deixe levantar fervura. Retire do lume e junte as gemas, mexendo muito bem para não talharem. Distribua por pratinhos. Enfeite com canela, colocando tiras de papel sobre o doce.


Arroz de Polvo do Natal (Minho)

Ingredientes:
1 Polvo, cortado em pedaços
500g de arroz
100g de banha
1 Cebola
1dl de azeite
Sal
Pimenta
Piripiri q.b.
Azeitonas q.b.
1 colher de sopa de vinagre
1 molho de salsa picada

Preparação:
Deve juntar-se num tacho a cebola já picada, a banha e o azeite, levando o mesmo tacho ao lume. Quando a cebola ficar mais mole, deve-se juntar a salsa, a pimenta e o piripiri. Deixa-se refogar durante um minuto, e depois adiciona-se o vinagre e o polvo. Tapa-se bem o tacho e deixa-se ao lume durante 15 minutos, adicionando-se depois água a ferver (3dl) e sal.



Depois desta última adição, deixa-se ao lume durante mais 40 minutos, adicionando periodicamente mais água, pois esta vai-se evaporando. Após se verificar que o polvo está bem cozido, deve-se adicionar uma porção de água equivalente a duas vezes o volume de arroz. Adiciona-se mais vinagre, sal e pimenta.



Quando levantar o tacho da fervura, deve juntar-se então o arroz, envolvendo bem os ingredientes. Quando voltar a ferver, deve levar-se ao forno durante meia hora.


Azevias

Ingredientes (para a massa):
1000g de farinha sem fermento
300g de banha
500g de água
10g de sal
Aguardente q.b.
1 gema
Ingredientes (para o recheio):
1000g de grão cozido (pode ser utilizada doce maçã, laranja, batata doce)
1000g de açúcar
1 pau de canela
1 casca de limão
4 gemas
200g de amêndoa moída (opcional)

Preparação:

Retire a casca ao grão o mais que puder, juntar com o açúcar, pau de canela e casca de limão, leve ao lume e ferva mais ou menos 1 hora, mexendo sempre para não pegar. Retire do lume, junte as gemas e a amêndoa, e leve novamente ao lume para cozer as gemas. Deixar arrefecer.


Entretanto, prepare a massa, amassando a banha com a farinha até estarem bem misturadas, junte a água aos poucos e os restantes ingredientes até obter uma massa homogénea (tempo de amassar: cerca de 45 minuto).


Estique a massa, coloque porções de recheio separadas (tipo rissol), dobre e, com a carretilha, corte tipo almofada. Frite em óleo bem quente e passe por açúcar e canela.

Bacalhau da Consoada

Bacalhau
Batatas
Ovos
Couves
Alho
Vinagre
AzeitePreparação:

Cozem-se postas de bacalhau bem alto demolhado juntamente com couve portuguesa. À parte, cozem-se batatas com pele e os ovos. Na altura de servir, descascam-se os ovos e pelam-se as batatas. Serve-se tudo junto ou em recipientes separados.


Preparação (molho):
Leva-se ao lume uma porção de azeite (cerca de 0,5dl por pessoa) com alguns dentes de alho abertos ao meio. Quando levantar fervura, retira-se do lume e junta-se um pouco vinagre. Serve-se numa molheira.


Borrego assado com alecrim

Ingredientes:
1.2kg de borrego
4 dentes de alho
sal e pimenta q.b.
1 colher sopa de colorau
4 pernadas de alecrim fresco
2 folhas de louro
6 clh sopa de azeite
1dl de vinho branco
1.2kg de batatas
Grelos

Preparação:

Depois de limpo tempere o borrego com sal, pimenta e colorau e esfregue-o com metade do azeite e deixe ficar de um dia para o outro. Descasque e corte as batatas em cubos e tempere-as com sal e o restante azeite.



Coloque o borrego numa assadeira e as batatas em volta. Regue com o vinho branco, espalhe por cima a o alecrim previamente esmagado com as mãos para libertar os aroma, o louro e o alho picado. Sobre a carne espalhe um fio de azeite e leve a assar em forno quente. Sirva com grelos cozidos.

Bolinhos de Jerimu (Minho)

Ingredientes:
2kg de Abóbora-Menina

5 colheres de sopa de açúcar
60g de Farinha
1 colher de chá de Fermento
5 Ovos
1 cálice de vinho do Porto
Raspa da casca de 2 limões

Preparação:

Coza a abóbora em água temperada com um pouco de sal. Depois de cozida, passe a abóbora por um passador e esprema o puré obtido dentro de um pano, para retirar toda a água. Pode deixar o puré algum tempo dentro do pano para não restar mesmo água nenhuma.


Junte depois ao puré a farinha, o fermento, as gemas, o açúcar, as raspas de limão e o vinho do porto. Mexa bem. Por fim, adicione as claras batidas em castelo, bem firmes. Frite em seguida colheradas desta massa em óleo bem quente. Pode servir polvilhada com açúcar e canela.



Bolo de Família (Madeira)



Ingredientes:
1kg de farinha
1kg de açúcar
250g de manteiga
60g de banha
Raspa da casca de 1 limão
1 pacote de bicarbonato de sódio (15g)
6 ovos
2 colheres de chá de canela
1l de leite
8 colheres de sopa de melaço
Passas, cidra cristalizada picada e nozes picadas a gosto

Preparação:
Batem-se bem todos os ingredientes e deita-se a massa em formas redondas forradas com papel vegetal e untadas. Levam-se a cozer em forno bem quente. O forno será mais ou menos quente conforme o tamanho dos bolos: quanto mais pequenos mais quente. Para serem comidos aguarda-se pelo menos 3 semanas.

Bolo de Natal dos Açores

Ingredientes:
500g de farinha
500g de açúcar
250g de manteiga
6 ovos
3 colheres de chá de fermento em pó
Raspa da casca de 1 limão
Noz-moscada
1 cálice de aguardente
1 cálice de vinho de Porto
500g de frutas cristalizadas (tendo de incluir obrigatoriamente cidrão)
125g de nozes
1,5dl de melaço
2 variedades de doce de fruta (2 colheres de sopa de cada um: marmelo, figo, uva, morango, entre outros)

Preparação:
Picam-se as frutas cristalizadas e polvilham-se com farinha. Bate-se a manteiga com o açúcar até se obter um creme. Juntam-se as gemas, misturam-se bem e adicionam-se os restantes ingredientes com a excepção com excepção das claras, sendo a farinha peneirada com o fermento.


Batem-se as claras em castelo bem firme e juntam-se ao preparado anterior. Deita-se a massa numa forma redonda bem untada com manteiga e polvilhada com farinha e leva-se a cozer em forno médio durante cerca de uma hora e meia. Verifica-se a cozedura com um palito, que deve sair seco. Este bolo, que deve ser feito pelo menos com 8 dias de antecedência, serve-se no Natal sem qualquer enfeite ou apenas enfeitado com frutas cristalizadas.



Bolos Podres de Natal (Ribatejo)

Ingredientes:
750g de farinha de trigo
3,5dl de azeite
250g de açúcar
2dl de água
5g de canela
5g de erva-doce
Amêndoas q.b.
Preparação:

Num tacho levam-se ao lume todos os ingredientes com excepção da farinha, do açúcar e das amêndoas. Deixa-se levantar fervura. Tem-se a farinha peneirada com o açúcar num alguidar e escalda-se com a mistura anterior a ferver. Amassa-se tudo muito bem e tende-se a massa em pequenos bolos de forma cónica, no cimo dos quais se pode espetar uma amêndoa.


Colocam-se os bolos num tabuleiro e levam-se a cozer em forno quente. Deixam-se arrefecer um pouco e depois passam-se por açúcar.

Bolo Rei

Ingredientes:150g açúcar
750g farinha
1 fava
30g fermento de padeiro
175g frutas cristalizadas
250g frutos secos
raspas de laranja q.b.
raspas limão q.b.
150g margarina
1 colher de sobremesa sal
4 ovos
1 dl vinho do Porto

Preparação:

Depois de retirar as sementes que possam haver, pique as frutas e deixe-as a macerar com o vinho do Porto (deixe algumas inteiras para enfeitar). Dissolva o fermento de padeiro em 1 decilitro de água morna, junte a 1 chávena de farinha e deixe a levedar em lugar não muito frio durante 15m. Entretanto, bata a margarina, o açúcar, e as raspas de limão e laranja, junte os ovos (batendo um a um), e o fermento. Quando tudo estiver bem ligado adicione o resto da farinha e o sal. Amasse até que a massa fique elástica e macia e junte as frutas, misturando muito bem. Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e tape a massa com um pano, deixando levedar num ambiente não muito frio durante 5 horas. Depois da massa ter duplicado de volume, coloque-a sobre um tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio.

Introduza um brinde (bem embrulhado em papel vegetal) e 1 fava, e deixe levedar mais uma hora. Pincele o bolo com gema de ovo, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, pinhões, nozes, etc., e leve a cozer em forno bem quente. Depois de cozido pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente.


Broa Castelar

Ingredientes:
400g de batata doce cozida
750g de açúcar
125g de amêndoa moída sem pele
1 casca de laranja
50g de coco ralado
150g de farinha de milho
75 g de farinha de trigo sem fermento
3 ovos

Preparação:

Cozer a batata descascar e passar por um passevite, juntar o açúcar e levar ao lume. Deixar ferver mexendo sempre para não queimar. Quando começar a ferver (borbulhar), juntar a amêndoa, o coco, a casca de laranja e os ovos e misturar tudo muito bem sem retirar do lume; juntar as farinhas misturadas previamente, envolvendo-as bem.



Fazer pequenas bolas (+/-30g). Esticar tipo croquete mais gordo no meio e colocar em tabuleiro untado e polvilhado com um pouco de farinha, separadas por +/- 3cm. Quando o tabuleiro estiver cheio espalme um pouco as broas, pinte com gema de ovo por cima e leve a cozer em forno bastante forte.


Cabrito de Natal

Ingredientes:
Cabrito
2kg de batata
500g de cebola
1 cabeça de um alho
Sal
Pimenta
Colorau
Folhas de louro
1 Pitada de cravinho
2 dl de vinho branco
1 Colher de sopa de mel
1 Colher de sopa de azeite
2 Colheres de sopa de banha

Preparação:
Primeiro que tudo, devem-se pisar os alhos num almofariz. Ao mesmo tempo, deve-se cortar a cebola em pedaços. Prepare uma mistura, adicionando folhas de louro, azeite, banha, 1dl de vinho branco, barrando de seguida todo o cabrito com este ingrediente. O cabrito deve repousar durante um dia em ar fresco, já barrado com a mistura preparada previamente.

No dia seguinte, acrescente mais 1 dl de vinho branco e leve o cabrito ao forno bem quente. Enquanto se assa o cabrito, é importante virá-lo várias vezes para ficar todo bem cozinhado.

Coscorões

Ingredientes:
500g de farinha
175g de margarina
150g de vinho do Porto branco
100g de água
1/2 colher de chá de fermento
Óleo para fritar
Açúcar e canela para polvilhar

Preparação:
Coloque no copo a farinha, o fermento e a margarina e misture bem. Quando a massa estiver bem misturada, adicione o vinho e a água e misture novamente. Misture mais 3 minutos na velocidade máxima.
Estenda a massa com o rolo sobre uma bancada enfarinhada, corte retângulos e faça dois cortes no centro. Frite em óleo quente até alourarem de ambos os lados, escorra e passe por açúcar e canela.

Filhós

Ingredientes:
• 1kg de farinha
• 8 a 10 ovos
• 2 colheres de chá de fermento
• 1 copa de aguardente (pequeno)
• 1/2 chávena de leite
• 1 pitada de sal
• Azeite

Preparação:

Coloque a farinha num alguidar e o fermento no meio da farinha com a pitada de sal. Comece a amassar com as mãos, em seguida deite a aguardente e o leite. Continuando a amassar, deitam-se os ovos, um a um, lentamente. Quando estiver tudo envolvido, trabalhe bem a massa molhando as mãos em azeite até a massa se despegar do alguidar. Continue a amassar durante dois minutos. Deixe levedar durante duas horas.

Faça pequenas bolas de massa e por fim ponha a fritar. No fim polvilhe as filhós com açúcar e canela.


Lampreia de Ovos (Beira)

Ingredientes (para os fios de ovos):
• 60 gemas
• 5 claras
• 1kg de açúcar
Ingredientes (para os ovos moles:
• 175g de açúcar
• 12 gemas
• 1 clara
Ingredientes (para  a espécie):
• 250g de amêndoas
• Açúcar para caramelo
• Glacê de açúcar branco

Preparação:

Preparam-se 3 dúzias de ovos em fio e 2 dúzias em trouxas. Estas não se enrolam. Fazem-se os ovos-moles com os ingredientes citados e juntam-se-lhes as amêndoas peladas e finamente raladas. Leva-se esta espécie ao lume brando para engrossar.

Para armar a lampreia: dispõe-se uma terça parte dos fios de ovos no prato de serviço, dando-lhes a forma de lampreia; por cima deita-se a espécie de ovos-moles e amêndoa e cobre-se esta com mais fios de ovos. Dispõem-se as «capas» das trouxas sobre o conjunto anterior, sobrepondo-as e moldando-as, de modo a ficar com o feitio da lampreia (embora bastante menos comprida). A cabeça deverá ter muito mais volume do que a cauda. Faz-se um pouco de caramelo escuro (mas sem queimar, pois amarga) que se deita sobre parte do corpo da lampreia e, depois, com a glacê de açúcar branco desenham-se os olhos, a boca e «escamas» na ponta da cauda. Colocam-se cerejas cristalizadas nos olhos e um pouco de cidrão a simular a língua. Contorna-se toda a lampreia com fios de ovos.

Dica: O açúcar, caramelo e a glacê só se aplicam no dia em que a lampreia será comida, pois em contacto com a calda das trouxas, têm tendência para derreter.

Merendeiras de Natal 
(Estremadura)

Ingredientes:
1 abóbora-menina média (5kg a 6kg)
1.5kg de farinha de milho branco
1.25kg de farinha de trigo
30g de fermento de padeiro
75g de manteiga
650g de açúcar
2 limões
1 colher de sopa de erva-doce
1 colher de sopa de canela
Sal

Preparação:

Coze-se a abóbora em água temperada com sal. Peneira-se a farinha de milho para um alguidar e escalda-se com a água de cozer a abóbora. A farinha deve ficar toda molhada. Tapa-se com um pano e deixa-se descansar durante 1 hora.

Desfaz-se o fermento com um pouco de água de cozer da abóbora amornada. Junta-se à farinha de milho que, entretanto, já repousou. Junta-se ainda a farinha de trigo, a erva-doce, a canela, o açúcar, a manteiga, a raspa da casca dos dois limões, a abóbora desfeita (em puré) e um pouco de sal dissolvido num pouco de água onde a abóbora cozeu. Amassa-se tudo muito bem e polvilha-se com farinha. Tapa-se com um pano e deixa-se levedar em local temperado. Geralmente faz-se uma marca no alguidar 8 cm a 10 cm acima do nivel da massa. Quando atingir essa marca considera-se levedada. Tendem-se as merendeiras em forma redonda e levam-se a cozer em forno bem quente.

Mexidos (Minho)

Ingredientes:
1 abóbora-menina média (5kg a 6kg)
1.5 kg de farinha de milho branco
1.250 kg de farinha de trigo
30g de fermento de padeiro
75g de manteiga
650g de açúcar
2 limões
1 colher de sopa de erva-doce
1 colher de sopa de canela
Sal

Preparação:

Leva-se a água ao lume com todos os ingredientes, com excepção dos frutos e do pão. Deixe ferver durante 15 minutos. Juntam-se então os frutos e deixa-se ferver mais 15 minutos. 



Corta-se o pão em fatias muito finas (o mais fino possível) e escalda-se com água a ferver. Esta água deve ser na menor quantidade possível. Junta-se o pão ao preparado anterior, cuidadosamente, para evitar que ganhe grumos. Deixa-se ferver um pouco mais para apurar, mexendo sempre.

Migas Doces 
(Trás-os-Montes)

Ingredientes:
12 ovos
18 colheres de sopa de açúcar
125g de miolo de noz
canela

Preparação:

Misturam-se os ovos com o açúcar e batem-se ligeiramente. Deita-se a mistura num tacho e leva-se a lume brando até começar a engrossar. Retira-se o preparado do lume e mexe-se um pouco mais. Deita-se na travessa.


Parte-se o miolo de noz, esfregando-o entre as mãos, e junta-se ao doce. Serve-se polvilhado com canela.

Mimos Fofos

Ingredientes
• 600g de massa folhada
• 200g de marmelada
• 1 ovo

Preparação:

Estenda a massa folhada sobre uma superfície enfarinhada, até obter 2 mm de espessura. Numa parte, disponha montinhos de marmelada, dobre a massa de modo a tapá-la e corte com o auxilio de um corta-massas. Transfira-os para um tabuleiro untado, pincele-os com ovo batido e leve ao forno, pré-aquecido a 200°C, por cerca de 15 minutos. Depois de cozidos, retire-os e deixe arrefecer antes de servir.

Rabanadas

Ingredientes:
Pão fatiado
Leite
Manteiga
Açúcar amarelo
Casca de limão
Pau de canela
Vinho do Porto
Ovos

Preparação:

Leva-se a aquecer o leite, a manteiga, o açúcar, a casca do limão e o pau de canela.

Deixa-se arrefecer a mistura anterior, e adiciona-se o vinho do Porto. Molham-se as fatias de pão na mistura preparada e deixam-se em repouso, pelo menos 1h. Passam-se as fatias por ovo batido e fritam-se em óleo quente.

Roupa Velha

Ingredientes:
Restos da consoada

Preparação:Cortam-se aos bocadinhos a couve, o bacalhau e as batatas que sobraram da consoada.
Picam-se alguns dentes de alho e alouram-se em azeite. Juntam-se as couves, o bacalhau e as batatas, mexe-se e deixa-se ao lume apenas o tempo necessário para aquecer bem.

Sericaia (
Alentejo)

Ingredientes:
1l de Leite
12 ovos
450g de açúcar
125g de farinha
1 pau de canela
Limão
Canela em pó
Sal

Preparação

Ligue o forno e regule aos 225ºC. Leve ao lume, a ferver, o leite juntamente com a casca de limão, o pau de canela e uma pitada de sal. Retire do lume e deixe arrefecer um pouco. Entretanto, bata muito bem as gemas com o açúcar até obter um creme fofo. Em seguida, junte o creme de gemas e açúcar e, mexa sempre, até engrossar, em lume brando. 

Retire do lume, tire a casca de limão, o pau de canela e deixe arrefecer. Bata as claras em castelo bem firmes e incorpore-as no preparado anterior, que deverá estar frio ou ligeiramente morno. Deite o creme, num prato fundo bem largo, às colheradas, para que depois abra rachas. Polvilhe com canela e leve ao forno +/- 25m. Pode acompanhar com ameixas em calda.

Sonhos

Ingredientes:
3dl de leite
1.5dl de óleo
1 casca de limão
Pitada de sal fino
250g de farinha
6 ovos inteiros grandes
Óleo para fritar
Açúcar em pó para polvilhar.

Preparação:

Ferva o leite com o óleo, a casca de limão e o sal. De uma vez só adicione a farinha e, com uma colher de pau, misture até que a massa se descole do recipiente. Depois de arrefecer, acrescente os ovos inteiros, um a um.


Mexa bem. Na frigideira, já com o óleo quente, coloque colheradas de massa, fritando de ambos os lados. Retire e escorra. Antes de servir, polvilhe com açúcar em pó.

Sopa Doce 
(Douro Litoral)

Ingredientes:
0.5l de vinho verde tinto
300g de açúcar
200g de pão
1 pau de canela
canela em pó q. b.

Preparação:

De véspera, ponha o pão de molho num pouco de água. Leve ao lume o vinho com açúcar e o pau de canela. Deixe levantar fervura e adicione o pão. Mexa e deixe cozer durante cerca de 10 minutos, até obter um creme espesso, homogéneo e de cor avermelhada. Depois, coloque em pratos de servir e depois de frio polvilhe com canela.

Sopa Dourada

Ingredientes:
750g de açúcar
300g de pão-de-ló
15gemas de ovos
canela em pó

Preparação:

Leva-se o açúcar ao lume com 3dl de água e deixa ferver até se obter e deixa-se ferver até se obter ponto cabelo (106ºC). Corta-se o pão-de-ló em fatias grossas, que se passam pela calda de açúcar e se colocam numa travessa cuidadosamente e com a ajuda de uma escumadeira.

Adiciona-se um pouco de água à calda e deixa-se ferver até fazer ponto de pérola (108ºC). Adiciona-se um pouco de calda às gemas, apenas cortadas com uma faca e junta-se à restante calda. Leva-se ao lume a engrossar, ficando com consistência de ovos-moles. Deitam-se estes ovos-moles sobre fatias de pão-de-ló e polvilha-se tudo com canela.

Tronco de Natal

Ingredientes
5 ovos inteiros
5 gemas
180g de açúcar
115g de farinha
1 a 2 gotas de essência de baunilha

Preparação

Bata os ovos inteiros com as gemas, até que se encontrem em espuma. Adicione aos poucos o açúcar, sem parar de bater. Junte as gotas de essência de baunilha e, por fim, peneire a farinha e envolva-a no preparado. Verta para um tabuleiro untado e forrado com papel vegetal, igualmente untado, e leve ao forno, pré-aquecido a 200°, durante cerca de 10 a 15 minutos. Retire do forno, desenforme sobre uma superfície polvilhada com açúcar e deixe arrefecer. Entretanto, prepare o creme pasteleiro. Leve ao lume 1 1 de leite com 1 vagem de baunilha aberta ao meio, até levantar fervura. Envolva 2 colheres (de sopa) de farinha maisena em 360g de açúcar e junte 8 ovos, um a um, mexendo bem entre cada adição. Corte 100g de manteiga em pedacinhos e junte-a ao preparado. Por último, verta o leite em fio, mexendo sempre. Retire a vagem de baunilha e leve tudo a lume brando, mexendo sempre até engrossar, e sem deixar levantar fervura. Retire do lume e continue a mexer até arrefecer um pouco. Em seguida, barre a massa com este creme, enrole e apare as pontas. De uma das extremidades da torta, corte dois pedaços, para fazer as hastes.


Confeccione o creme de manteiga achocolatado: Na batedeira eléctrica, bata 500 g de manteiga até obter um creme homogéneo e junte-lhe 2 gotas de essência de baunilha. Entretanto, leve 400g de açúcar ao lume com 1,5dl de água e deixe ferver até obter ponto de pérola. Bata as claras de 8 ovos em castelo e, sem desligar a máquina, junte a calda em fio. Continue a bater até arrefecer. Junte 100g de chocolate derretido e este merengue à manteiga, envolvendo suavemente. Monte o tronco, cubra-o com creme de manteiga achocolatado e polvilhe com chocolate em lascas. Barre as extremidades com creme pasteleiro e decore com estrelas de chocolate.

Velhoses

Ingredientes:
400g de abóbora menina
500g de farinha
2 laranjas
4 ovos
1 colher (chá) de sal
4 colheres (sopa) de água
15g de fermento de padeiro
Óleo, açúcar e canela q.b.

Preparação:

Comece por descascar a abóbora. De seguida, corte-a em pedaços, introduza-os num tacho, tape e leve a cozer em lume brando. Quando a abóbora estiver macia, reduza-a a puré. Peneire a farinha e o sal para uma tigela onde deve adicionar o puré de abóbora, o fermento (previamente desfeito em 4 colheres de sopa de água morna), a raspa e sumo das laranjas e os ovos inteiros. Com as mãos, trabalhe bem a massa até fazer bolhinhas. Faça uma bola, polvilhe ligeiramente com a farinha e tape com um pano. Deixe assim num local morno até que a massa dobre o volume.


Quando assim estiver, com uma colher retire bocados de massa e frite em óleo, virando de vez em quando para cozerem e alourarem de igual modo de todos os lados. Retire com uma escumadeira e ponha a escorrer sobre papel absorvente. Enquanto estiverem quentes, polvilhe com uma mistura de açúcar e canela.

No dia seguinte, faça uma calda de açúcar, aromatizada com vinho do Porto e casca de laranja. Deite sobre as velhoses.




Canções de Natal tradicionais

Alegrem-se o céu e a terra

Alegrem-se o céu e a terra
cantemos com alegria
já nasceu o Deus Menino
filho da Virgem Maria

Entrai, pastores, entrai
por este portal Sagrado
Vinde adorar o menino
numas palhinhas deitado

Em Belém à meia-noite
Meia-noite de Natal
Nasceu Jesus num presépio
Maravilha sem igual

Ai que Menino tão Belo
Ai que tanto graça tem
Ai que tanto se parece
com a virgem Sua mãe

Vinde todos, vinde todos
À lapinha de Belém
Adorar o Deus Menino
Que nasceu p'ra nosso bem

Louvai céus e louvai terra
Ao divino Redentor
Que hoje quis aparecer
Em Belém por nosso amor

Pastorinhos do deserto
todos correm para o ver
trazem mil e um presentes
para o Menino comer

Ó meu Menino Jesus,
convosco é que eu estou bem
nada deste mundo quero
nada me parece bem

Deus Menino já nasceu
andai ver o rei dos reis
ele é quem governa o céu
quer que vós o adoreis

Ah, meu Menino Jesus,
que lindo amor-perfeito
se vens muito cansadinho
vem descansar em meu peito


A Todos um Bom Natal



(Refrão)

A todos um Bom Natal 
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

No Natal pela manhã 
Ouvem-se os sinos tocar 
E há uma grande alegria, no ar 

Refrão

Nesta manhã de Natal 
Há em todos os países 
Muitos milhões de meninos, felizes 

Refrão

Vão aos saltos pela casa
Descalças ou com chinelos
Procurar suas prendas, tão belas

Refrão

Depois há danças de roda 
As crianças dão as mãos 
No Natal todos se sentem irmãos

Refrão

Se isto fosse verdade
Para todos os Meninos
Era bom ouvir os sinos tocar

Refrão


É Natal


(Refrão)
É Natal, é Natal
Tudo bate o pé 
Vamos pôr o sapatinho 
Lá na chaminé 
Olha o Pai Natal, de barbas branquinhas 
Traz o saco cheio de lindas prendinhasPai Natal irá trazer brinquedos para nós 
Para a Zeca uma boneca, para o Zito um apito 
Uma bola para saltar é o que quer o Baltazar

Refrão


Um Feliz Natal


(Refrão)
Um feliz Natal
Paz e harmonia
Um feliz Natal
Com muita alegria
Cantam os sinos
Paz e Amor
Nasceu o salvador

Põe na tua janela
Uma luz acesa
Para todos verem
Terem a certeza
É Natal! É Natal!

Refrão


Pois sabes muito bem
Que Jesus Menino
Nesta hora vem
Dizer-nos baixinho
É Natal! É Natal!

Refrão

Ai, este segredinho
E todos os dias
Poderás dizer
É Natal! É Natal!

Refrão

Sinos de Belém

Bate o sino pequenino
sino de Belém
Já nasceu
o Deus menino
para o nosso bem!

(Refrão)
É Natal, é Natal
Sininhos de luz!
Replicai, badalai
que nasceu Jesus!
Paz na Terra
pede o sino alegre a cantar!
Abençoe!
Deus Menino
sempre o nosso lar!

Refrão


Pinheirinho



Pinheirinho, pinheirinho 
De ramos verdinhos
P'ra enfeitar, p'ra enfeitar
Bolas, bonequinhos.

Refrão

Uma bola aqui
Outra acolá
Luzinhas que tremem
Que lindo que está.
(Bis)

Olha o Pai Natal
De barbas branquinhas
Traz o saco cheio
De lindas prendinhas.

É Natal, é Natal
Tudo bate o pé
Vamos pôr o sapatinho
Lá na chaminé.
(Bis)


Sino de Belém

(Refrão)Em Belém, em Belém
O sino a tocar
Vem lembrar, vem lembrar
Que já é Natal

Refrão
Vamos a correr
Pelos campos fora
Para ver Jesus
Que nasceu agora
Jesus pequenino
Tão lindo que é
Junto de Maria
e do velho S. José
Refrão x2
Canta a voz do sino
Cantemos tambémAo Jesus Menino
que está em Belém
Jesus pequenino
Vinde adorar
Diz a voz do sino
Sempre, sempre a badalar
Refrão x2

Eu hei-de dar ao Menino (Alentejo)

Eu hei-de dar ao Menino
Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha pró chapéu
E ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.

Olhei para o céu, estava estrelado
Vi o Deus Menino empalhas deitado.
Em palhas deitado, em palhas estendido,
Filho duma rosa, dum cravo nascido!


No seio da Virgem Maria
Encarnou a divina graça
Entrou e saiu por ela
Como o sol pela vidraça

Arre, burriquito
Vamos a Belém
Ver o Deus Menino
Que a Senhora tem
Que a Senhora tem
Que a Senhora adora
Arre, burriquito
Vamos lá embora

Linda Noite de Natal (Algarve)

Linda noite de Natal
Noite de grande alegra
Caminhava S. José
Mais a sagrada Maria
Linda noite, linda noite
Linda noite de Natal

Caminhavam p’ra Belém
Para lá chegar de dia
Mas quando eles lá chegaram
Já todo a gente dormia
Linda noite, linda noite
Linda noite de Natal

Bateram a muitas portas
Mas ninguém lhes acudia
Foram dar a uma choupana
Onde o boi bento dormia
Linda noite, linda noite
Linda noite de Natal

Natal (Beira)

Ó meu Menino Jesus
Vinde ao meio da Igreja
Que vos quero adorar
Onde todo o mundo veja

Ó meu Menino Jesus
Vestido de azul celeste
Eu hei-de aprender a ler
Vós heis-de ser o meu Mestre


BIBLIOGRAFIA:


JOSEFO, Flávio - Antiguidades Judaicas. Vol. 18, Cap. 26.



Natal.com.pt


SCHÜRER, Emil - A History of the Jewish People in the Time of Jesus Christ. 5 volumes. New York: Scribner’s, 1896.

Wikipédia

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