domingo, 9 de setembro de 2012

A oposição...

Enquanto o [José António] Seguro morre de velho por falta de resposta a mais um saque do governo de coligação... surgem algumas reações críticas às novas medidas de austeridade de Pedro Passos Coelho por parte de militantes de um dos partidos da coligação, o PSD.
Figura 1- "Vê lá se apareces pah!"
Mira Amaral, antigo ministro do Cavaquistão, veio declarar que "Há duas coisas chocantes neste pacote: a ausência completa de medidas de redução da despesa pública e a manutenção da abolição dos subsídios de férias e Natal aos reformados e pensionistas".

O constitucionalista Bacelar Gouveia veio afirmar que a proposta de Passos Coelho é inconstitucional e pode mesmo ser alvo de uma ação judicial. Nas suas palavras: "Acho que o Governo se vai meter num grande sarilho, porque junta à contestação que tem tido no meio laboral e económico, uma irritação que vai provocar num órgão de soberania que é um Tribunal Constitucional. Neste momento não convinha nada que a frente de conflito se alargasse ao poder judicial desta forma".

O ex-presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, também se manifestou contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, declarando: "Acho isto uma baralhada completa que vai deixar o Governo em muito maus lençóis quer perante o Presidente da República quer perante o Tribunal Constitucional e mais grave do que isso tudo perante os portugueses que não compreendem. Eu pelo menos não percebo".

No PS quem faz oposição é o candidato vencido das eleições internas para o cargo de Secretário-Geral, Francisco Assis, porventura, o verdadeiro líder da oposição, insistindo que o partido só tem é de chumbar a proposta de Orçamento para 2013. Os outros partidos com assento parlamentar e situados mais à esquerda, estão mais preocupados em comentar uma possível reação do secretário-geral do PS do que reagir eles próprios à ação do Governo. Com isto o povo vai colocando todos os políticos no mesmo saco, e com alguma propriedade, prevendo-se a curto e médio-prazo tempos dificeis para a nossa democracia!

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