O empresário Belmiro de Azevedo veio defender que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém" e afirmou não perceber quando dizem que não se deve ter uma economia baseada em trabalho de custo reduzido. Isto tem 2 significados óbvios:
1- Belmiro é o protótipo de empresário português, preso no passado, pensa que pode competir num mundo globalizado, que tem a China, a Índia, a Indonésia, entre outros, através do factor "preço mais baixo"... isto mostra bem como tem de haver uma remodelação dos empresários nacionais, mais jovens, com outra mentalidade, em que a inovação, qualidade e branding não sejam palavras ocas;
2- Belmiro achará que Portugal fez mal em abolir a escravatura... pois deste modo haveria 0% de desemprego em Portugal. O que interessa é proteger os detentores dos meios de produção, nem que se sacrifique os detentores da força de trabalho (não me levem a mal a conversa marxista, mas para um discurso antigo, utilizam-se conceitos antigos).
Figura 1- Belmiro aguarda furioso que o seu "empregado" pessoal lhe traga o café e a merenda. |
Arménio Carlos, líder da CGTP, relativamente às declarações de Belmiro, afirmou: "Já percebo porque é que é o terceiro homem mais rico do País. A inteligência é só dele e o resto é só suor e neste caso exploração.". Ui!
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