A ideia de taxar os depósitos bancários cipriotas em troca da ajuda da troika morreu sem paternidade. Porém, uma coisa é certa, o Governo do Chipre estava disposto a avançar com a medida e a troika deu o seu aval.
Isto só mostra que a competência e o bom senso, como diz muito bem o nosso Presidente da República, não grassa entre os líderes europeus atuais, pois só o anúncio da medida provocou o caos bolsista e a desconfiança mundial relativamente aos sistemas bancários na União Europeia, havendo um temor da repetição da medida nos restantes países alvo de assistência financeira.
A medida que foi travada pelo parlamento cipriota destinava-se sobretudo aos grandes depositantes russos e gregos que procuravam, através do Chipre, escapar à malha fiscal, colocando o seu dinheiro num paraíso fiscal. Porém, acabaria por ser um saque ao povo cipriota, também abrangido pela medida, que veria o Estado, a mando do FMI e UE, ir-lhe ao bolso sem o seu consentimento. Para evitar a corrida aos depósitos, foi vedado às pessoas a possibilidade de poderem levantar o seu dinheiro, pois, se tal fosse efetivado, criaria um colapso do sistema financeiro, pois nenhum banco contém todo o dinheiro que supostamente está refletido nos saldos de cada depositante.
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