Fiquei muito satisfeito pelo apuramento da selecção nacional de futebol para o Euro 2012... embora ainda possamos ficar arredados do outro Euro (€), de acordo com Angela Merkel e Nicolas Sarkozy. Jogámos como uma verdadeira equipa, o que permite que as individualidades se sobressaiam e que os erros dos árbitros sejam superados.
Apesar de Paulo Bento não gostar de ficar sob a luz dos holofotes, o crédito deste apuramento vai quase na totalidade para ele... pegou numa selecção com péssimos resultados iniciais na fase de apuramento, quebrada no seu espírito, revoltada pela liderança de Queiroz, sem união e espírito colectivo, e conseguiu, com tranquilidade, dar uma volta de 180º à equipa, incutindo-lhe sobretudo valores éticos. Claro que quando há mudanças, há resistência, visível nos casos "Bosingwa" e "Ricardo Carvalho", mas quando um líder é íntegro e forte esses problemas são debelados, apesar da forte pressão da federação e da imprensa nacional em querer desculpar atitudes "birrentas" e "egoístas" de atletas tendo em vista uma causa maior, o apuramento. Porém, com essa possível desculpabilização o líder perderia necessariamente o controlo da situação, o que poderia descambar num retorno a um período anterior, e nessa altura ficariamos sem equipa e sem apuramento. A selecção não pode ser vista como um item de currículo, ou como montra para uma valorização profissional, deve ser um orgulho e uma alegria poder contribuir para ela.
Figura 1- Paulo Bento, com tranquilidade, pede tranquilidade aos seus jogadores. |
Nos dias que correm, no futebol e na sociedade em geral, os valores vão "perdendo gás" relativamente à prossecução de objectivos imediatos que proporcionem resultados, ainda que com "pés de barro"... é bom saber que temos ao "leme" da selecção nacional um Homem que não prescinde deles, que não cede a pressões exteriores, pena não ser assim noutros sectores da nossa sociedade. Mas não tenhamos dúvidas, a personalidade de Paulo Bento torna-o num alvo!
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