Figura 1- Cavaco Silva faz uma saudação romana à mocidade de Portugal. |
Já anteriormente dissertei sobre os vários pecados cometidos pela Governação de Cavaco Silva que nos levaram à situação em que nos encontramos hoje... porém muito ficou por dizer e fico angustiado com o seu ar cândido de quem muito contribuiu para o estado actual do país e que desdenha outros governantes/políticos, tanto do seu partido como de outros, pois vieram estragar o seu "belo trabalhinho".
O Primeiro-Ministro Cavaco Silva beneficiou de circunstâncias excepcionais e irrepetíveis durante as suas legislaturas, 2 maiorias absolutas de 1 só partido, a organização das contas do país pelo Bloco Central, a entrada para a CEE, a 1ª leva de privatizações, o que fez com que o país em certas ocasiões tivesse 6% de crescimento anual da economia. Foi de facto um tempo de "vacas gordas", embora tenha havido um certo esquecimento no apoio e aposta nas forças produtivas do país. Ora, aquele que muitas vezes é considerado o "anti-político", mostrou desde essa altura que é, porventura, o maior político de todos, e, como tal, não escapou "às garras" da Teoria da Public Choice, esquecendo tudo o que havia aprendido como economista.
A Teoria da Escolha Pública considera, muito basicamente, que os políticos, eleitores e servidores públicos têm sempre em vista o interesse próprio quando exercem o seu poder, ou seja, os políticos ao pretender a reeleição tomam decisões que lhes permitam ter a simpatia dos eleitores, apesar de tomarem decisões erradas... os eleitores votam naqueles políticos que lhes prometem mais e melhor para os seus interesses... os servidores públicos pensam sobretudo na progressão das suas carreiras ao invés do interesse público.
Ora, no sistema capitalista existe o conceito de "ciclos económicos", flutuações da actividade económica a médio/longo prazo, alternado entre períodos de crescimento (expansão) e períodos de estagnação ou depressão (recessão). Os manuais de economia "mandam" que em períodos de expansão o Estado faça poupança, ou seja, retire dinheiro da economia, para que nos períodos de recessão possa injectar dinheiro na economia para a revitalizar. O que Cavaco político fez naquela altura de expansão económica, tendo maioria absoluta, foi atraiçoar o Cavaco economista, pois apesar de uma fase de boa expansão económica conseguiu aumentar a dívida pública, através de um aumento exponencial da despesa, ou seja, o contrário do que devia ter feito nesse período, mas como diz a teoria da Escolha Pública, o político actuou de modo a proteger os seus interesses!
Neste momento vemo-nos obrigados a actuar em contra-ciclo porque não há dinheiro para financiar a economia... não por erros recentes, mas por erros de décadas. Estamos a aplicar uma política contraccionista numa fase de recessão, o que é especialmente promovido por quem nos empresta o dinheiro (FMI, BCE), que ignoram que a mesma receita tem sido dada à Grécia com os fracos resultados que conhecemos.
Ora, no sistema capitalista existe o conceito de "ciclos económicos", flutuações da actividade económica a médio/longo prazo, alternado entre períodos de crescimento (expansão) e períodos de estagnação ou depressão (recessão). Os manuais de economia "mandam" que em períodos de expansão o Estado faça poupança, ou seja, retire dinheiro da economia, para que nos períodos de recessão possa injectar dinheiro na economia para a revitalizar. O que Cavaco político fez naquela altura de expansão económica, tendo maioria absoluta, foi atraiçoar o Cavaco economista, pois apesar de uma fase de boa expansão económica conseguiu aumentar a dívida pública, através de um aumento exponencial da despesa, ou seja, o contrário do que devia ter feito nesse período, mas como diz a teoria da Escolha Pública, o político actuou de modo a proteger os seus interesses!
Figura 2- Ciclos económicos. |
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