A Liberdade de Expressão é um valor das sociedades ocidentais tido como adquirido. A sua noção já vem da Antiga Grécia associadas aos ideais democráticos e de liberdade. Porém, começa-se a assistir a um fenómeno em zonas da Europa tidas como o berço dos valores da civilização ocidental, em que grupos minoritários (mas em franca expansão) tentam limitar as liberdades que são património de todo um povo! Já se percebeu que a política do "olho por olho e dente por dente" não resultou, aliás serviu para extremar posições, pelo que uma nova abordagem a estes problemas deve ser estudada e considerada com toda a seriedade pelos líderes europeus, pois é o nosso way of life que está a ser colocado em causa...
A redacção do jornal satírico "Charlie Hebdo", que publica, esta quarta-feira, um número especial após as eleições na Tunísia, foi destruída durante a madrugada por um incêndio de origem criminosa. Segundo a polícia, as chamas foram causadas por um "cocktail molotov".
O jornal, rebaptizado para a ocasião como "Charia Hebdo", decidiu fazer do profeta Maomé o "redactor principal" do seu número desta quarta-feira, para "festejar a vitória" do partido islamista Ennahda na Tunísia.
O incêndio, que deflagrou cerca da uma hora da manhã, foi rapidamente dominado e não fez qualquer ferido, indicou fonte da polícia. De acordo com a mesma fonte, que evocou o arremesso de um "cocktail molotov" para explicar a origem do incêndio, "não houve detenções". O director da publicação e cartoonista, conhecido como Charb, acredita que o incêndio está directamente "ligado" à publicação do "Charia Hebdo".
"No Twitter, no Facebook, recebemos cartas de protesto, ameaças e insultos", que a direcção do jornal se preparava para transmitir à polícia, explicou. O primeiro-ministro francês, François Fillon, já manifestou indignação com o incêndio. "A liberdade de expressão é um valor inalienável da nossa democracia e qualquer atentado à liberdade de imprensa deve ser condenado com a maior firmeza. Nenhuma causa justifica uma acção violenta", afirmou, em comunicado. Fillon afirmou, ainda, ter pedido ao ministro do Interior, Claude Guéant, "que seja completamente esclarecida a origem deste incêndio e que os autores sejam processados".
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