quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"Portugal na hora da verdade: como vencer a crise nacional"

"Uma verdadeira reforma do Estado que torne as nossas contas públicas saudáveis e sustentáveis não deve ser feita contra os funcionários públicos ou contra o serviço público. Muito pelo contrário. Uma verdadeira reforma da Administração Pública terá de melhorar o serviço público, não piorá-lo. Uma verdadeira reforma do Estado terá de incentivar a auto-estima dos funcionários públicos e fazer com que sejam eles próprios a estimular a mudança de que a nossa administração necessita. Finalmente, uma verdadeira e duradoura reforma do nosso Estado não poderá encarar a necessária dieta da Administração Pública como uma mera poupança de euros e de despesa pública, mas sim como uma oportunidade única para melhorar a eficiência do Estado e, assim, simplificar e auxiliar a vida dos portugueses. É neste sentido que uma reforma da Administração Pública tem de ser feita com os funcionários públicos e não contra eles. Porquê? Porque toda e qualquer reforma que esteja contra os funcionários públicos está condenada ao fracasso. E porque, como já disse, não são eles os responsáveis pela situação actual, mas sim os nossos governantes.".

Álvaro  Santos Pereira
2011

Subscrevo inteiramente o que o nosso atual Ministro da Economia afirmou no seu livro "Portugal na hora da verdade: como vencer a crise nacional". Toda uma mudança numa organização tem de contar com as pessoas que lá trabalham, porque senão está condenada ao fracasso. O ex-INA, e particularmente o CEAGP, fazem parte da alavanca para uma mudança, através da criação de um funcionário público mais apto e crítico para lidar com os desafios e mudanças constantes que se deparam na nossa sociedade atual, pena estarem em vias de extinção.

O relatório do FMI refere que um dos fatores da reforma da Administração Pública passa por: "(...) opening space to attract skilled younger workers". Mas para atrair jovens trabalhadores qualificados é preciso tornar o emprego público atrativo, pois a Administração Pública deve competir pelos melhores profissionais no mercado, mas para isso é preciso que o posto de trabalho seja atrente em termos de carreira e possibilite a entrada através de um método de seleção rigoroso e aberto a todos os cidadãos deste país, consoante o perfil técnico e comportamental que se necessita, mas também que permita uma progressão através do mérito.

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