"Não me ensines a repartir migalhas, ensina-me antes a multiplicar o pão". Pouco tenho a dizer relativamente ao "trabalho" de 70 e poucas páginas, feito em pouco menos de 6 meses, que os técnicos do FMI fizeram sobre uma suposta Reforma do Estado Português. Existem teses de Mestrado sobre o caracol de Juromenha com mais páginas e mais tempo de trabalho, acutilância e rigor do que este trabalho que pertende refundar todo um Estado.
A fórmula é a mesma, sem estratégia para o crescimento, vai-se buscar dados que mostram que o Estado gasta x do nosso PIB, sem se pensar porque é que temos o PIB tão baixo. Fala-se da insustentabilidade da Segurança Social no curto prazo, sem se perceber que até à chegada desta crise, as prestações que os portugueses pagavam para a mesma eram superavitários relativamente às despesas, and so on.
Um texto propagandístico, unidimensional, pouco rigoroso e nada original... até me custa acreditar que o Governo português pagou a técnicos estrangeiros para fazer uma "bodega" destas. Mais valia encomendar este estudo, com pés e cabeça, a uma universidade nacional.
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