quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FMI says what?!?

Em primeiro lugar, Poul Thomsen, líder do FMI da troika para a crise portuguesa, veio dizer que o que mais choca em Portugal é o inaceitável nível de desemprego entre os jovens... algo que "salta aos olhos de muita gente", mas que é completamente ignorado pelas gerações que estão instaladas no poder, político ou económico, em Portugal. Pode ser que, pelo facto de ser um estrangeiro que nos empresta dinheiro, comecem a dar ouvidos e a fazer algo acerca da "fuga de cérebros" e dos futuros "suportadores" da Segurança Social deste país, uma geração que está a ser desperdiçada por uma economia que teima em não apostar num modelo de desenvolvimento baseado na inovação e na alta qualificação. Estimulem e ajudem a iniciativa individual dos jovens, reconvertam as suas carreiras, para que possam trabalhar, criar e inovar no seu país.
Ontem, os senhores do FMI, vieram afimar que parte do chamado "desvio colossal" anunciado pelo executivo do Governo, mas desmentido por Vítor Gaspar e por Poul Thomsen (que o considerou irrelevante), foi parcialmente devido ao ciclo eleitoral... mencionaram-se outras razões, mas o que é um facto é que a contra-informação ou a emissão parcial de dados dissimulados orientados para um objectivo propagandístico, bate contra a realidade dos factos... só faltou mencionar a percentagem que corresponde aos desvarios de Alberto João Jardim na Madeira.

http://www0.rtp.pt/noticias/index.php?headline=46&visual=9&tm=8&t=Taxa-de-desemprego-entre-os-jovens-e-inaceitavel-e-escandaloso---Poul-Thomsen-lider-do-FMI-na-Troika.rtp&article=469760

O líder do FMI, Poul Thomsen, que integra a equipa da 'troika', classificou hoje de "inaceitável" o desemprego entre os jovens e assumiu que essa realidade o surpreende mais do que o desvio encontrado nas contas do Estado. "Desemprego jovem de 30 por cento é inaceitável, é escandaloso", afirmou Thomsen em entrevista à TVI , quando questionado sobre o que o surpreende mais no panorama nacional.

http://economia.publico.pt/Noticia/parte-da-derrapagem-nas-contas-publicas-deveuse-ao-ciclo-eleitoral-diz-o-fmi_1511816

Na primeira avaliação trimestral ao programa de ajustamento financeiro português, o Fundo Monetário Internacional (FMI) atribuiu parte da derrapagem orçamental encontrada pelo actual Governo nas contas públicas ao “ciclo eleitoral”.
No documento, os economistas do FMI responsáveis pela avaliação ao plano de ajustamento elogiam a resposta do Executivo de Pedro Passos Coelho ao descontrolo do lado da despesa e lembram que as metas orçamentais para este e os próximos dois anos permanecem inalteradas.

“Confrontado com derrapagens”, notam, “o novo Governo foi pró-activo a anunciar medidas de compensação quando assumiu funções”. Mas há “uma necessidade de reforçar o controlo da despesa”, alertam.

Segundo o FMI, o esforço orçamental exigido ao Governo – uma redução do défice para 5,9% este ano, 4,5% no próximo e 3% em 2013 – pressupõe, por isso, continuar a “estratégia orçamental de médio prazo prevista”.

A instituição liderada por Christine Lagarde, que negociou com a União Europeia o empréstimo de 78 mil milhões de euros a Portugal, esclarece que as derrapagens orçamentais que levaram o Governo a reagir do lado da receita (nomeadamenrte através do corte equivalente a 50% do subsídio de Natal e do aumento do IVA no gás e na electricidade) reflectem “em parte o ciclo eleitoral” e consistem em três componentes.

Uma justificação que Poul Thomsen, o representante máximo do FMI na missão portuguesa da troika, já tinha dado em meados de Agosto, quando o economista considerou o desvio irrelevante.

Entre as causas está também a “falta de controlo sobre os gastos com salários e na aquisição de bens e serviços” e, ao mesmo tempo, “riscos orçamentais” associados às Parcerias Público-Privadas, que levaram a um desvio equivalente a 1% do PIB.

Os responsáveis do FMI dizem ainda que receberam das autoridades o compromisso de que as medidas extraordinárias decididas para controlar o défice este ano, como a transferência de fundos de pensões dos bancários para a Segurança Social, só vão acontecer este ano “e não em 2012 e depois”.

Sobre a redução da Taxa Social Única que técnicos do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia vão discutir em Lisboa a partir de quinta-feira, o fundo lembra que o próximo Orçamento de Estado “deverá incluir um primeiro passo importante do ponto de vista económico do programa de desvalorização fiscal”.

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