segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Jornal de Notícias: "Estradas de Portugal em risco de insustentabilidade financeira a partir de 2014"

Incrível como se gastam os dinheiros públicos tão levianamente... incrível como se "baixam as calças" aos privados nas Parcerias Público Privadas sem qualquer respeito pelo interesse nacional... incrível como não se fazem estudos de viabilidade económica e financeira, apesar da Administração Pública possuir quadros que os podem efectuar.

Não basta pagarmos tanta portagem e darmos tanto dinheiro dos nossos impostos a Construtores e Concessionários, como ainda teremos que salvar a empresa pública Estradas de Portugal para poder continuar a pagar aos privados pelos "negócios da China" que efectuou. Os sucessivos governos, desde Cavaco Silva, entenderam que dá votos fazer obra, e uma autoestrada que passe em cada concelho e em cada aldeia dá nas vistas (qualquer dia Portugal, visto do espaço, será um rectangulo de alcatrão ao lado de Espanha), para além do mais, há interesses particulares que se cruzam quando se adjudica ou se concessiona a obra a esta ou aquela empresa... o pior de tudo é que não se pode responsabilizar as pessoas que, ao serviço do Estado e com um ordenado principesco, cometeram actos de puro despesismo e de uma incompetência atroz.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2004265

A Estradas de Portugal deverá enfrentar "sérias dificuldades" em financiar-se em 2013, correndo o risco de insustentabilidade financeira a partir de 2014, segundo um relatório da Inspecção-Geral das Finanças.
"Face à actual conjuntura dos mercados financeiros e aos consequentes constrangimentos que a generalidade das empresas enfrenta para obter financiamento, que já se começam a fazer sentir na Estradas de Portugal (EP), e caso não sejam tomadas outras medidas, nomeadamente a intervenção do Estado, a empresa irá enfrentar sérias dificuldades em se financiar em 2013", lê-se no documento elaborado entre Setembro de 2010 e Junho deste ano.

A equipa que fez o relatório afirma mesmo "perspectivar-se a insustentabilidade financeira [da EP] a partir de 2014, dado o considerável agravamento da situação financeira em consequência do início dos pagamentos das subconcessões contratadas nos últimos três anos".

Segundo o documento, com base nas projecções da EP dos 'cash-flows' (valor recebido e pago por um negócio durante um determinado período) plurianuais das concessões e subconcessões até 2015 (encargos líquidos), "é possível antecipar o significativo acréscimo das necessidades de financiamento a partir de 2014".

Este agravamento, originado pelo início dos pagamentos das subconcessões, deve ascender a 732,9 milhões em 2015, enquanto a dívida bancária deve atingir 4.255,5 milhões, com um crescimento de 2.254,8 milhões em cinco anos (2011-2015).

A auditoria conclui que a estrutura da dívida bancária, essencialmente de curto prazo (77,5 por cento), é "desadequada face ao perfil de longo prazo da actividade da EP e aumenta o risco de refinanciamento".

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