Quando se fala em endividamento do sector empresarial do Estado, será que o problema está nas empresas públicas ou nas pessoas nomeadas pelos Governos para as dirigir? Não nos esqueçamos que também existem empresas públicas bastante lucrativas, as mais apetecíveis para os privados, que só não dão mais lucro porque têm de cumprir certos formalismos de serviço público para o cidadão (ex.: CTT). A RTP poderia ser uma dessas empresas públicas lucrativas? Sim... e poderia dispensar o contributo do Orçamento de Estado para a sua operacionalização se tivesse sido bem gerida ao longo dos anos e se não tivesse as limitações estabelecidas pelo Estado no mercado de publicidade para favorecer os operadores privados.
A Alemanha tem empresas públicas, inclusivamente nos media de televisão e rádio, assim como a França, que tem uma elevada percentagem de participação nas empresas que controlam a geração, distribuição e transmissão de gás e electricidade. Serão as empresas públicas ou participadas dos Estados-membros da União Europeia a comprar as empresas públicas ou participadas de Portugal? Ao menos que segurem algum domínio ou influência naquelas empresas que dispõem de um monopólio natural e que se procure assegurar uma concorrência efectiva no sector da energia, algo que ainda está longe de ser uma realidade em Portugal, como foi visível no caso da GALP e da EDP.
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