A notícia de mais uma baleia encalhada nas praias portuguesas dá-me uma certa tristeza, pois a sua grandeza e majestade, aliada a um mistério em torno da sua inteligência e sensibilidade, não merece a impotência que existe do lado humano para a poder acudir.
De acordo com o Jornal de Notícias, a baleia que pereceu na praia da Apúlia (Esposende) é uma baleia-comum (Balaenoptera physalus), um mamífero marinho da ordem dos cetáceos e da família dos rorquais, cotando-se como o segundo maior animal do planeta, depois da baleia-azul, podendo ser encontrada em todos os oceanos, tanto em águas frias, como temperadas e em quentes, dividindo-se em 3 subespécies: (1) a baleia-comum-do-norte (Atlântico Norte), (2) a baleia-comum-antártica (Oceano Antártico) e (3) a baleia-comum-do-pacífico.
De acordo com o Jornal de Notícias, a baleia que pereceu na praia da Apúlia (Esposende) é uma baleia-comum (Balaenoptera physalus), um mamífero marinho da ordem dos cetáceos e da família dos rorquais, cotando-se como o segundo maior animal do planeta, depois da baleia-azul, podendo ser encontrada em todos os oceanos, tanto em águas frias, como temperadas e em quentes, dividindo-se em 3 subespécies: (1) a baleia-comum-do-norte (Atlântico Norte), (2) a baleia-comum-antártica (Oceano Antártico) e (3) a baleia-comum-do-pacífico.
Com um corpo longo e esguio, a coloração desta baleia é cinzenta escura no dorso e branca no ventre. O focinho é vertical e estreito, podendo alcançar 6 metros de comprimento, tendo uma marca branca na parte direita da mandíbula inferior, enquanto o lado esquerdo é cinzento ou preto, uma assimetria universal na baleia-comum e rara entre os cetáceos, constituindo-se numa das chaves para a identificação da espécie. A baleia tem uma série de pregas ao longo da parte inferior do corpo que se espalham da mandíbula inferior ao umbigo, o que permite que a área da garganta se expanda largamente durante a alimentação. Tem uma barbatana dorsal curva e proeminente (60 centímetros), as suas barbatanas são pequenas e afiadas, e sua cauda é larga e com entalhes no centro. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, crescendo até cerca de 26 m e podendo chegar às 80 toneladas, sendo que a maturidade física completa desta espécie dá-se entre os 25 e 30 anos de idade, sabendo-se que estas baleias costumam viver até os 94 anos.
Quando a baleia atinge a superfície da água, a barbatana dorsal é a primeira parte visível do corpo, seguida logo pelo focinho, depois a baleia sopra pelos espiráculos, ficando próxima da superfície aproximadamente 1 minuto e meio de cada vez. A cauda só surge quando a baleia mergulha em profundidade, podendo ir até aos 250 metros, durando entre 10 e 15 minutos. As baleias-comuns podem atingir velocidades de 32 km/h, sendo também conhecidas por dar saltos fora de água.
A sua alimentação faz-se sobretudo através de pequenos cardumes de peixe, lulas, pequenos crustáceos e krill, podendo ingerir 1.800 kg de comida por dia. Para se alimentar abre a sua grande boca e nela retém um grande volume de água e alimento. Em seguida, com a ajuda da língua, o animal expele a água através das "barbas" situadas na boca, retendo apenas os pequenos animais, que depois ingere. Tal como outros rorquais, a baleia-comum tem uma rota migratória que no Verão a leva a águas mais frias, onde aproveita para se alimentar e acumular reservas de gordura para que, durante o Inverno, viaje para águas mais quentes, aonde se dedica ao acasalamento.
Figura 2- Avistamento de Baleia-comum ao largo dos Açores. |
As baleias-comuns vivem geralmente em grupos de 6 a 10 indivíduos. Em termos de reprodução crê-se que, tal como outras baleias, os machos emitem vocalizações longas, altas e de baixa frequência para comunicar com as fêmeas. Cada som dura entre 1 e 2 segundos, com várias combinações em sequências com cerca de 10 minutos cada, podendo ser repetidas durante vários dias. O encontro entre machos e fêmeas dá-se em mar aberto, podendo gerar 3 coitos por dia, sendo que a cada reprodução a baleia produz 2 mil litros de esperma. O período de gestão da baleia dura de 11 meses a 1 ano, altura em que nasce, normalmente, apenas uma cria, que é amamentada até aos 7 meses de idade. Como curiosidade sabe-se que há hibridação ocasional entre a baleia-azul e a baleia-comum no Atlântico Norte e no Pacífico Norte.
Nos últimos 100 anos as populações de baleia-comum têm diminuído drasticamente, muito devido à caça excessiva, pelo grande acréscimo de ruído nos oceanos, provocada pela navegação, impedindo o encontro reprodutivo entre machos e fêmeas, mas também pelas colisões com navios, a grande causa do encalhamento de baleias, sendo-lhe infligidos graves ferimentos. Deste modo, tal como todas as grandes baleias, a baleia-comum está listada entre as espécies ameaçadas de extinção, estando na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais, para além de estar no apêndice 1 da CITES. A pesca da baleia é controlada pela Comissão Baleeira Internacional (CBI), sabendo-se que no Pacífico, países como o Japão e a Rússia, prosseguem a caça à baleia, já no Atlântico Norte, a baleia-comum é caçada em certas épocas do ano pela Noruega, Islândia e pela Gronelândia (Dinamarca), porém, neste caso trata-se de uma pesca de subsistência feita pelos nativos, mas cuja exportação é ilegal.
A CBI define 7 zonas de população discretas de baleia-comum no Atlântico Norte: (1) Nova Escócia; (2) Labrador-Terra Nova; (3) Oeste da Gronelândia; (4) Islândia-Leste da Gronelândia; (5) Norte da Noruega; (6) Leste da Noruega-Ilhas Faroé; (7) Ilhas Britânicas-Espanha-Portugal. Estima-se que no Atlântico Norte o agregado populacional desta baleia esteja entre os 40.000 e os 50.000 indivíduos, sendo que na zona em que Portugal se insere, as estimativas de população variam entre os 7.500 e 17.000 no Verão.
Nos últimos 100 anos as populações de baleia-comum têm diminuído drasticamente, muito devido à caça excessiva, pelo grande acréscimo de ruído nos oceanos, provocada pela navegação, impedindo o encontro reprodutivo entre machos e fêmeas, mas também pelas colisões com navios, a grande causa do encalhamento de baleias, sendo-lhe infligidos graves ferimentos. Deste modo, tal como todas as grandes baleias, a baleia-comum está listada entre as espécies ameaçadas de extinção, estando na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais, para além de estar no apêndice 1 da CITES. A pesca da baleia é controlada pela Comissão Baleeira Internacional (CBI), sabendo-se que no Pacífico, países como o Japão e a Rússia, prosseguem a caça à baleia, já no Atlântico Norte, a baleia-comum é caçada em certas épocas do ano pela Noruega, Islândia e pela Gronelândia (Dinamarca), porém, neste caso trata-se de uma pesca de subsistência feita pelos nativos, mas cuja exportação é ilegal.
A CBI define 7 zonas de população discretas de baleia-comum no Atlântico Norte: (1) Nova Escócia; (2) Labrador-Terra Nova; (3) Oeste da Gronelândia; (4) Islândia-Leste da Gronelândia; (5) Norte da Noruega; (6) Leste da Noruega-Ilhas Faroé; (7) Ilhas Britânicas-Espanha-Portugal. Estima-se que no Atlântico Norte o agregado populacional desta baleia esteja entre os 40.000 e os 50.000 indivíduos, sendo que na zona em que Portugal se insere, as estimativas de população variam entre os 7.500 e 17.000 no Verão.
Uma baleia comum, de cerca de 18,5 metros e 13 toneladas, agoniza ferida na praia da Apúlia. Centenas de pessoas e as autoridades assistem, impotentes, à provável morte do mamífero, que deu à costa cerca das 13.30 horas.
Cerca de 100 pessoas juntaram-se na praia da Apúlia para ver uma baleia que deu à costa, cerca das 13.30 horas desta quinta-feira, e agoniza presa no areal. Tem uma barbatana partida, está muito ferida e sangra abundantemente. A maré está a baixar, até às 18 horas, e parece que não há nada que se possa fazer para devolver o animal ao mar com vida.
No local estão elementos da Proteção Civil de Esposende, da Polícia Marítima, do Instituto de Socorros a Náufragos e da Proteção da Natureza do Parque do Litoral Norte.
Segundo alguns populares, duas baleias foram avistadas ao fim da amanhã, dirigindo-se de norte para sul. Um dos mamíferos ficou preso numa zona rochosa, acabando por dar à costa no areal em frente ao edifício dos Instituto de Socorros a Náufragos, na Apúlia.
De acordo com alguns populares, há 16 anos que não se via uma baleia tão grande ao largo daquela costa. Em setembro, uma baleia-anã também, com 7,80 metros de comprimento e mais de quatro toneladas de peso, deu à costa na praia de Cepães, também em Esposende.
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