Ironia das ironias... numa altura que estamos tesos, o Banco de Portugal cria o Museu do Dinheiro. Nada contra a sua "construção", antes pelo contrário, pois serve de memória aos portugueses do que é o dinheiro, já que não o têm nos seus bolsos.... ainda por cima descobriram no subsolo da Igreja um troço da muralha que D. Dinis ergueu para proteger Lisboa dos ataques maritímos, que vai ser parcialmente musealizada. Também sempre achei uma vergonha "alfacinha" ter a igreja de S. Julião (do século XVIII) a servir de parque de estacionamento do Banco de Portugal e, ao menos, esse erro fica corrigido.
Figura 1- Igreja de S. Julião em obras para albergar o museu (retirada daqui). |
Por outro lado, veio novamente a "lume", que o Estado português tem a 2ª melhor correlação entre ouro acumulado no Banco de Portugal e o seu Produto Interno Bruto. Também temos de verificar que o nosso PIB tem vindo a decrescer galopantemente, mas ainda assim parece que ao contrário da canção da Floribela: "somos ricos em ouro, mas pobres em sonhos!".
O Banco de Portugal nisto tem trabalhado bem! Em proteger o nosso ouro, acumulado durante o Estado Novo, dos políticos que nos desgovernam, e em criar cultura onde tem faltado... pena é a sua falta de competência em regular o sistema financeiro português, em que é caso flagrante o do BPN.
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