Nos últimos tempos o PS tem sido "namorado" quer pelos ultra de direita (CDS-PP/PSD), quer pelos ultras de esquerda (BE/PCP), o que não deixa de ser curioso, pois é normalmente o "saco de pancada" de ambas as fações, mas não deixa de ser evidente que a influência do partido no eleitorado nacional torna-o num aliado importante para implementar as reformas que se desejam no Estado português.
A estas investidas, o PS tem respondido: "nem tanto ao mar, nem tanto à terra!". Apesar de pouco assertivo nas suas declarações, o partido tem assumido uma posição moderada e centrista ao recusar fazer parte de uma fação cujo modelo incide somente na austeridade e desmantelamento do Estado social, invocado que o país precisa de medidas para o crescimento e aumento de produtividade e empregabilidade, e recusa fazer parte da fação "rasgar o memorando da troika", que demonstra alguma demagogia ao ignorar os efeitos imediatos que isso traria ao país sem dinheiro para se sustentar, sendo que o PS prefere optar por uma via de negociação e de diálogo com a troika e os credores tendo em vista um modelo mais sustentável de recuperação económica.
Todos chamam pelo PS, apelando ao seu sentido de Estado ou à sua matriz ideológica de esquerda, mas não são os socialistas que devem fazer concessões no sentido de proporcionarem uma união governativa, mas sim os seus pretendentes, embora pareçam não ter ainda essa consciência.
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