A pré-época dos encarnados foi novamente bastante atribulada, com muitos jogadores em observação durante o estágio, várias novelas de mercado, bastantes entradas e saídas de futebolistas e com alguns jogadores nucleares a reafirmarem a sua vontade de sair do clube (Coentrão e Luisão). Porém, apesar da grande quantidade de novos jogadores contratados, o SL Benfica investiu menos dinheiro este ano, mas tal não parece ser sinal de um menor critério nas contratações.
As saídas de Sálvio e Fábio Coentrão podem ser consideradas as grandes perdas da equipa relativamente ao ano anterior, mas certas saídas, como a de Roberto, só beneficiam a equipa, acabando com a necessidade de colocar a jogar um futebolista de 6.5M de euros, para não falar do desmantelamento do gang do chopinho (constituído por Sidnei, Airton, Felipe Menezes, Alan Kardec e Luisão). A perda de Coentrão até era algo previsível, tendo em conta o seu alto rendimento, mas a demora em contratar um substituto criou alguma apreensão entre as hostes benfiquistas. O degaste do treinador, Jorge Jesus, face aos resultados da época passada fizeram esquecer o rolo compressor de 2009/2010, e veio ao de cima, aos olhos do adepto, o seu caracter irrascível e teimoso, ao qual falta algum pragmatismo e menos nota artística, de modo a fazer uma gestão do esforço e dos jogos para não rebentar fisicamente com a equipa antes do fim da época.
O mercado de Inverno da época passada revelou-se um autêntico fracasso, pois das 3 contratações efectuadas (Jardel, Lionel Carole e Fernandez) todas redundaram num autêntico fracasso, dando a impressão de que foram adquiridos jogadores apenas pela necessidade de mostrar trabalho. Outro dos problemas da política de contratações de jogadores é a compra por "atacado", sem presença de relatórios dos observadores do clube, mas por manobras de empresários junto à direção, que decide assumir o risco da contratação pelo baixo preço envolvido, casos de Jan Oblak, Lionel Carole, Léo Kanu, Daniel Wass e André Almeida, o que não quer dizer que alguns deles não possam vir a ser úteis aos glorioso.
Porém, a direção do SL Benfica parece ter-se mexido bastante bem neste período do mercado de transferências, tornando o seu plantel, do meu ponto de vista, no melhor da 1ª Liga Portuguesa, o que não quer dizer que tenha os melhores jogadores. As águias têm muitas opções para os várias posições do sistema táctico de Jorge Jesus, mas também permite ao próprio fazer várias variações e esquemas tácticos. Ezequiel Garay veio preencher o centro da defesa que havia ficado órfão com a saída de David Luiz para o Chelsea, fazendo uma boa dupla com Luisão, Axel Witsel veio dar a consistência necessária ao meio-campo, sendo um jogador muito forte nas transições, que fazia falta ao clube desde a saída de Ramires, Nolito com a sua garra, faro pelo golo e qualidade técnica a flectir da ala para o meio tem feito lembrar o saudoso Simão Sabrosa, e finalmente Artur Moraes e Eduardo, que apesar de não serem guarda-redes de top, são outra tranquilidade e qualidade à baliza das águias.
As outras contratações de relevo como Enzo Perez, Bruno César e Nemanja Matic têm mostrado bastante qualidade a espaços, apesar de ainda precisarem de mais algum tempo de adaptação. Capdevila e Emerson parecem apostas seguras para aguentar a lateral esquerda, mas claro que dificilmente farão esquecer Coentrão, mas isso aconteceria de qualquer das formas, e a aposta num campeão mundial por Espanha e num campeão de França colmatarão essencialmente o aspecto defensivo do lugar. Urreta, Miguel Vítor, Nélson Oliveira, Rodrigo e David Simão são outros jogadores de qualidade extra que tiveram a rodar e podem contribuir e evoluir no interior do plantel, especialmente o uruguaio, que parece ser o único extremo clássico do plantel.
O centro da defesa e do ataque parecem não ter a competitividade necessária para questionar o lugar dos titulares, contudo, Miguel Vítor é um jogador da formação que nunca desiludiu de águia ao peito e que fez uma boa pré-época após uma boa temporada em Inglaterra. Já Óscar Cardozo parece estar acomodado a um estatuto de intocável por não ter uma concorrência visível, algo notado no ano passado, tanto nele como em Saviola. Apesar disso, foi contratado Rodrigo Mora, a quem não têm sido dadas oportunidades, há ainda Franco Jara, que o ano passado contribuiu com 11 golos com pouco tempo de jogo, e as jovens esperanças Nélson Oliveira e Rodrigo Machado que se encontram no Mundial sub-20.
Apesar do FC Porto partir como favorito, penso que o SL Benfica tem toda a legitimidade de questionar esse favoritismo, sendo fundamental o começo do campeonato para ver quem tem unhas para tocar esta guitarra. Efectivamente, o embalo ganho pelas vitórias iniciais e por eventuais deslizes do adversário poderão marcar o ritmo e o vencedor deste campeonato.
As saídas de Sálvio e Fábio Coentrão podem ser consideradas as grandes perdas da equipa relativamente ao ano anterior, mas certas saídas, como a de Roberto, só beneficiam a equipa, acabando com a necessidade de colocar a jogar um futebolista de 6.5M de euros, para não falar do desmantelamento do gang do chopinho (constituído por Sidnei, Airton, Felipe Menezes, Alan Kardec e Luisão). A perda de Coentrão até era algo previsível, tendo em conta o seu alto rendimento, mas a demora em contratar um substituto criou alguma apreensão entre as hostes benfiquistas. O degaste do treinador, Jorge Jesus, face aos resultados da época passada fizeram esquecer o rolo compressor de 2009/2010, e veio ao de cima, aos olhos do adepto, o seu caracter irrascível e teimoso, ao qual falta algum pragmatismo e menos nota artística, de modo a fazer uma gestão do esforço e dos jogos para não rebentar fisicamente com a equipa antes do fim da época.
Figura 1- SL Benfica comemora a conquista do Torneio Guadiana. |
Porém, a direção do SL Benfica parece ter-se mexido bastante bem neste período do mercado de transferências, tornando o seu plantel, do meu ponto de vista, no melhor da 1ª Liga Portuguesa, o que não quer dizer que tenha os melhores jogadores. As águias têm muitas opções para os várias posições do sistema táctico de Jorge Jesus, mas também permite ao próprio fazer várias variações e esquemas tácticos. Ezequiel Garay veio preencher o centro da defesa que havia ficado órfão com a saída de David Luiz para o Chelsea, fazendo uma boa dupla com Luisão, Axel Witsel veio dar a consistência necessária ao meio-campo, sendo um jogador muito forte nas transições, que fazia falta ao clube desde a saída de Ramires, Nolito com a sua garra, faro pelo golo e qualidade técnica a flectir da ala para o meio tem feito lembrar o saudoso Simão Sabrosa, e finalmente Artur Moraes e Eduardo, que apesar de não serem guarda-redes de top, são outra tranquilidade e qualidade à baliza das águias.
As outras contratações de relevo como Enzo Perez, Bruno César e Nemanja Matic têm mostrado bastante qualidade a espaços, apesar de ainda precisarem de mais algum tempo de adaptação. Capdevila e Emerson parecem apostas seguras para aguentar a lateral esquerda, mas claro que dificilmente farão esquecer Coentrão, mas isso aconteceria de qualquer das formas, e a aposta num campeão mundial por Espanha e num campeão de França colmatarão essencialmente o aspecto defensivo do lugar. Urreta, Miguel Vítor, Nélson Oliveira, Rodrigo e David Simão são outros jogadores de qualidade extra que tiveram a rodar e podem contribuir e evoluir no interior do plantel, especialmente o uruguaio, que parece ser o único extremo clássico do plantel.
O centro da defesa e do ataque parecem não ter a competitividade necessária para questionar o lugar dos titulares, contudo, Miguel Vítor é um jogador da formação que nunca desiludiu de águia ao peito e que fez uma boa pré-época após uma boa temporada em Inglaterra. Já Óscar Cardozo parece estar acomodado a um estatuto de intocável por não ter uma concorrência visível, algo notado no ano passado, tanto nele como em Saviola. Apesar disso, foi contratado Rodrigo Mora, a quem não têm sido dadas oportunidades, há ainda Franco Jara, que o ano passado contribuiu com 11 golos com pouco tempo de jogo, e as jovens esperanças Nélson Oliveira e Rodrigo Machado que se encontram no Mundial sub-20.
Apesar do FC Porto partir como favorito, penso que o SL Benfica tem toda a legitimidade de questionar esse favoritismo, sendo fundamental o começo do campeonato para ver quem tem unhas para tocar esta guitarra. Efectivamente, o embalo ganho pelas vitórias iniciais e por eventuais deslizes do adversário poderão marcar o ritmo e o vencedor deste campeonato.
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