Se é para condicionarem ao máximo os tais concursos públicos para a contratação de altos cargos dirigentes, mais valia estarem quietos... sempre se poupa tempo, trabalho e dinheiro. A politização desses cargos, com as novas medidas, não será tão descarada, mas vai continuar a acontecer enquanto o Governo puder recusar todos os candidatos propostos pelo júri, cujos membros, por sua vez, são escolhidos a dedo pelos governantes. É realmente uma situação algo hipócrita...
Figura 1- Hélder Rosalino, secretário-geral da Administração Pública. |
Novo estatuto dos dirigentes “é francamente diferente do actual”, sublinha Hélder Rosalino.
O Governo recusa as críticas dos sindicatos sobre as alterações ao Estatuto do Pessoal Dirigente (EPD) e diz que o novo modelo de recrutamento dos altos cargos públicos "é francamente diferente do actual" e garante independência face aos membros do Executivo.
Ontem, à saida da reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, o dirigente da Frente Comum de Sindicatos, Paulo Taborda, rejeitou as alterações propostas ao EPD, acusando o Governo de "alguma hipocrisia política" por propor "um concurso condicionado". Segundo o sindicalista, a proposta não cumpre o que o Governo prometeu.
Recorde-se que o objectivo da revisão do EPD, segundo o Executivo, é "despolitizar" os cargos de direcção superior do Estado. Assim, as alterações prevêem que os dirigentes superiores do Estado deixem de ser nomeados directamente pelo Governo, passando a ser pré-seleccionados por concurso. Para isso será criada uma comissão de recrutamento que faz a selecção e escolhe apenas três candidatos. A escolha final cabe depois ao ministro da tutela.
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