O filme Sucker Punck de 2011 é um género de Acção/Fantasia que mistura um pouco do imaginário manga japonês, com uma influência na loucura "Tarantiniana", nos cenários visuais de Tim Burton e uma possível inspiração em "Inception". Escrito e realizado por Zack Snyder, conta com Emily Browning (Baby Doll), Abbie Cornish (Sweet Pea), Carla Gugino (Dra. Vera Gorski), Oscar Isaac (Blue Jones) e Scott Glenn nos principais papéis.
Figura 1- Poster do filme Sucker Punch. |
Após a morte de sua mãe, a vida de Baby Doll torna-se num inferno ao ter de conviver com os abusos sexuais do seu padrasto (Gerard Plunkett), culminando com a sua acusação de assassinato de sua irmã. Baby Doll acaba por ser internada pelo seu padrasto num manicómio, onde um dos funcionários (Blue Jones) é subornado para a manter sob controlo, com o plano de a submeter a tratamentos de lobotomia dados por um médico externo (Josh Hamm), que chegará dali a alguns dias.
Entretanto, a mente de Baby Doll refugia-se numa realidade alternativa que consiste em 2 níveis de consciência que se cruzam e complementam entre si com o objectivo final de fugir da instituição, auxiliada pelas moças que entretanto conheceu no local e sempre com um receio constante que Blue Jones descubra os seus planos.
Figura 2- Baby Doll lidera o grupo que luta para fugir da situação de reclusão. |
É sempre interessante ver mulheres bonitas, em trajes sexys, a dar cabo do canastro de uns mauzões, ao som de uma banda sonora muito boa e pertinente, com planos de imagem bastante "loucos", embora cada vez mais comuns no cinema, e em cenários completamente burlescos e sombrios criados em ambiente digital, sendo que alguns deles acabam por soar um bocadito a "déjà vu". O argumento, apesar de não ser nada de extraordinário, até é algo original, mas falha um pouco no objectivo de entretenimento por não conseguir agarrar os espectadores, talvez por uma insuficiente ligação às personagens, quase mecânicas e pouco contextualizadas, ou porque a visão de Snyder talvez precisasse de alguma edição, para assim poder desenvolver melhor algumas das suas ideias e libertar o argumento de alguma da confusão de que padece.
O filme consegue, no entanto, manter o espectador interessado no desenrolar dos acontecimentos, tendo boas cenas de acção, muito embora ache que não vá tão além como se exige a este género de filmes nos dias que correm. Não está ao nível de "300" ou de "Watchmen", mas ainda assim Snyder não deve decepcionar completamente quem gostou dos seus trabalhos anteriores.
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