Por mais que se faça... passar de um governo de centro esquerda, para um governo de direita liberal, anunciar consensos em termos de política sócio-económica entre as 3 principais forças políticas do país para um programa de austeridade, privatizações a torto e a direito, diminuição da carga fiscal para as empresas, criar impostos extraordinários e eliminação de deduções fiscais para os trabalhadores, cortar indiscriminadamente na despesa do Estado... as agências de rating vão continuar a fazer o que lhes apetece, sem qualquer fundamentação com conhecimento de causa.
Fala-se em criar uma agência de rating europeia... já as houve e provavelmente ainda as há... o problema é que o "crédito" que o mundo financeiro dá às suas indicações é nulo... vai todo para as norte-americanas Moody's, Fitch e Standard & Poor's, que por sua vez são remuneradas por empresas, Estados, bancos, ou seja, pelas mesmas entidades que são por si avaliadas, e sabe-se lá que outros interesses poderão ter as pessoas trabalham nessas agências nas várias entidades a que atribuem notação de crédito.
Figura 1- Tio Patinhas vela pelo dinheiro que os sobrinhos teimam em brincar. |
Curiosamente, a "crise económica mundial" tem uma boa parte de responsabilidade nestas agências de rating, pois falharam em toda a linha nas avaliações de risco de empréstimo e investimento a entidades que acabaram por falir... numa altura em que davam a mais alta notação de crédito às mesmas.
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