quarta-feira, 6 de julho de 2011

Portugal no Lixo

Por mais que se faça... passar de um governo de centro esquerda, para um governo de direita liberal, anunciar consensos em termos de política sócio-económica entre as 3 principais forças políticas do país para um programa de austeridade, privatizações a torto e a direito, diminuição da carga fiscal para as empresas, criar impostos extraordinários e eliminação de deduções fiscais para os trabalhadores, cortar indiscriminadamente na despesa do Estado... as agências de rating vão continuar a fazer o que lhes apetece, sem qualquer fundamentação com conhecimento de causa. 
Figura 1- Tio Patinhas vela pelo dinheiro que os sobrinhos teimam em brincar. 
Fala-se em criar uma agência de rating europeia... já as houve e provavelmente ainda as há... o problema é que o "crédito" que o mundo financeiro dá às suas indicações é nulo... vai todo para as norte-americanas Moody's, Fitch e Standard & Poor's, que por sua vez são remuneradas por empresas, Estados, bancos, ou seja, pelas mesmas entidades que são por si avaliadas, e sabe-se lá que outros interesses poderão ter as pessoas trabalham nessas agências nas várias entidades a que atribuem notação de crédito. 

Curiosamente, a "crise económica mundial" tem uma boa parte de responsabilidade nestas agências de rating, pois falharam em toda a linha nas avaliações de risco de empréstimo e investimento a entidades que acabaram por falir... numa altura em que davam a mais alta notação de crédito às mesmas.

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