terça-feira, 19 de julho de 2011

Público: "Macário dá como “inevitável” introdução de portagens na Via do Infante"

Com este tipo de "vira-casacas" é que a política e os políticos se descredibilizam aos olhos da população. Estão pela defesa das pessoas ou do partido? Foi assim em relação ao fecho de escolas, à avaliação dos professores, ao encerramento de urgências nocturnas... o que antes se "gritava" como estando mal e incorrecto, agora sussura-se que é necessário e inevitável, tudo isto a partir de uma mudança de governo.


Depois de ter sido um feroz opositor da introdução de portagens na Via do Infante no âmbito do programa de alteração do projecto, Macário Correia afirmou hoje, em declarações à TSF, que compreende o ponto de vista do Governo e que as portagens naquela via que cruza o Algarve são “inevitáveis”.
O presidente da Câmara de Faro, que marcou já para esta manhã, às 11h30, uma conferência de imprensa para esclarecer a sua alteração de posição sobre a matéria, disse que há uma situação financeira que salta à vista e que justifica esta sua opinião. Mas que continua a entender a medida como muito injusta para os algarvios.

"Pese embora a minha opinião, que é a mesma de sempre e a de muitos autarcas e empresários, constatamos que há factos que nos surpreendem sobretudo pelas situações das finanças públicas que estão à vista", disse Macário Correia à TSF.

"Compreendemos aquilo que o Governo actual e o anterior vinham defendendo a respeito deste ponto de vista, ainda que não seja o nosso".

A primeira crítica a Macário Correia veio do deputado Paulo Sá, do PCP, que lançou o projecto de resolução contra as portagens na Via do Infante, que considera, também citado pela TSF, que esta mudança de postura de Macário Correia só tem a ver com o facto do PSD ter ganho as legislativas.

"Não nos surpreende. Já tem vindo sobre outros assuntos a acontecer isto. Ainda há dois meses, na campanha eleitoral, Macário Correia era contra as portagens e entretanto o PSD ganhou as eleições e agora já a favor das portagens", adiantou.

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