segunda-feira, 11 de julho de 2011

The Strokes estão de volta

Faltam 5 dias para os Strokes entrarem em palco no festival Super Bock Super Rock (SBSR) e apresentarem ao público português o seu 4º álbum de estúdio, "Angles". Estou ansioso por ver uma das minhas bandas de culto, até porque será a primeira vez que os vou ver ao vivo, mas também porque quero ver a dinâmica colectiva dos rapazes, muito devido aos relatos de divisão aquando da elaboração do novo albúm. O que é certo é os membros dos Strokes já anunciaram que estão a preparar um 5º album em Los Angeles.
Figura 1- The Strokes.
Tal como na época dos anos 70, com epicentro no CBGB (com Ramones, Blondie, Talking Heads, Television, New York Dolls, Patty Smith...), a Big Apple está na vanguarda no novo som do rock neste virar do milénio, revelando excelentes bandas, lideradas pelo Strokes, tais como os Yeah Yeah Yeahs, Vampire Weekend, Interpol e The Bravery.

Quando "Is this it" foi lançado em 2001 veio destoar da onda Nu Metal que estava em voga na cena rock. Os Strokes foram vistos como os "salvadores do rock & roll", altamente elogiados pela crítica, que lhes notou influências de outras bandas nova-iorquinas como os Velvet Underground, Blondie e os Television. Com um som melódico, mas ao mesmo tempo "sujo", destacaram-se as canções "Last Nite", "Someday", "Hard to explain", "Take it or leave it", "Modern Age", "New York City Cops" e "Barely Legal". A NME considerou "Is This It", em 2009, como o melhor albúm da década, já a Rolling Stone colocou-o na segunda posição, atrás de "Kid A" dos Radiohead.

A expectativa para os trabalhos seguintes da banda de Nova Iorque era tremenda, e apesar de "Room on Fire" (2003) e "First Impressions of Earth" (2006) terem sido bem recebidos pela crítica, não almejaram o sucesso comercial do seu antecessor. "Room on fire" tinha uma onda mais polida, mas ainda vibrante, com grandes malhas como "12:51", "Reptilia", "What Ever Happened" e "The End has no End". Em "First Impressions of Earth", com outro produtor, a banda experimentou novas sonoridades, destacando-se os singles "Juicebox", "You only live once", "Heart in a Cage", assim como as canções "Razorblade" e "On the other side".

No fim da turné americana, Julian Casablancas anunciou que a banda iria fazer uma pausa, permitindo aos seus membros concentrarem-se nos seus projectos paralelos. Já em 2006, Albert Hammond Jr havia lançado "Yours to Keep", um albúm a solo que contou com vários músicos convidados, entre os quais Sean Lennon e Julian Casablancas. O trabalho foi bem recebido pela crítica e pelo público, destacando-se as canções "Back to 101" (cujo vídeoclip foi realizado por Joaquin Phoenix), "Everyone gets a star" e "Call an Ambulance". Já o seu album de 2008, "¿Cómo Te Llama?", não teve a mesma consistência, tendo contado com "GfC" como primeiro single.
Figura 2- Albert Hammond Jr.
Apesar de ser o principal compositor e líder da banda, Julian Casablancas estava um pouco reticente em avançar para um trabalho a solo... o que é certo é que em 2009 lança o genial "Phrazes for the Young" (frase retirada no livro de Oscar Wilde, "Phrases and Philosophies for the Use of the Young"). É um album inspirado no imaginário dos anos 80, na sua pop electrónica, longe do rock "strokiano" a que estavamos acostumados, dando uma nova vida ao sintetizador. Canções como "11th dimension", "Out of the blue", "Left and right in the Dark" e "Ludlow St" mereciam ter tido um maior airplay em Portugal.

Figura 3- Julian Casablancas.
A pausa de edições da banda viria a findar em 2011 com "Angles", um album feito intermitentemente desde 2009. Foi um lançamento de parto dificil, com várias pausas, mudança de produtor e com a ausência de Julian na fase de gravação instrumental das novas canções para evitar conflitos de opinião com o resto da banda. Ainda assim constitui-se como o melhor álbum da banda desde a sua estreia. O talento é visível em canções como "Under the cover of Darkness", "Machu Picchu", "Life is simple in the Moonlight", "Games" e "Taken for a fool", com grande influência do new wave dos anos 80.

Após um hiato de 5 anos e pelos relatos de alguma desunião, seria de esperar um album algo inconsistente, o que felizmente não sucedeu. Os Strokes não conseguem fazer um mau disco e parece que a banda está novamente unida e determinada a continuar, o que fará com que o próximo trabalhao seja outro estouro!


Figura 4- "Under the cover of darkness".

1 comentário:

  1. gostei pq obrigou a tentar perceber o que querias dizer
    Para este tipo de texto curto fiquei a conhecer melhor os “rapazes” e algumas das musicas q consideras mais marcantes

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