O 1º Ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou ontem no Parlamento um imposto extraordinário em sede de IRS, que irá equivaler a 50% do valor do subsídio de Natal. É estranho não o ter mencionado no Programa de Governo apresentado na véspera, apesar de já ter a medida no bolso à algum tempo, apanhando assim a Assembleia da República de surpresa.
Figura 1- PPC estende a mão para receber imposto que penaliza somente os trabalhadores. |
Isto vindo de um homem que tanto pugnou pela verdade, cujos comparsas acusaram outros de aldrabice... está bem à vista, com esta 1ª acção, o que podemos esperar deste Governo no futuro. De lembrar que em campanha eleitoral, Pedro Passos Coelho, afirmou que mexer nos subsídios de férias ou de Natal seria um disparate. Recordo-me de crianças e jovens o terem abordado com essa questão... mas todos sabemos que de vez em quando temos que mentir às criancinhas para criar aquela aura de misticismo e ilusão, tal como fazemos com a história do Pai Natal ou da Fada-dos-Dentes.
Figura 2- PPC no dia das mentiras.
Depois ainda há a questão da violação da retroactividade fiscal, contrária à Constituição, pois a nova taxa está a incluir não só rendimentos futuros, mas também passados (auferidos desde o início do ano). Algo que foi altamente criticado pelo PSD e CDS-PP, especialmente por este último partido, aquando da taxa adicional sobre o IRS que o governo de José Sócrates implementou em 2010.
Desenganem-se aqueles que pensam que este imposto se irá aplicar apenas aqueles que recebem subsídio de Natal! Passos Coelho referiu: "Eu não disse que seria 50% do subsídio de Natal, disse que seria o equivalente em termos financeiros. Por isso reservei o detalhe da medida para as duas semanas que se aproximam". Veremos então, o pessoal a recibos verdes aguarda pacientemente...
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